Campanha na web quer Berlusconi para Nobel da Paz
Um grupo de cidadãos na Itália promove por meio de uma site a candidatura do primeiro-ministro Silvio Berlusconi ao Prêmio Nobel da Paz 2010, por seu indiscutível compromisso humanitário em território nacional e internacional e porque, desde 1907, nenhum italiano recebe a distinção.
Com a página (www.silvioperilnobel.it), o Comitê da Liberdade busca apoio e pede doações para financiar a iniciativa que, segundo eles, nasce por vontade da sociedade civil.
Segundo meios de comunicação italianos, a campanha começou em 26 de maio em Roma e se deve se estender até 16 de janeiro, quando será encerrada na localidade de Amalfi, ao sul da Itália.
Criado por Emanuele Verghini, o comitê recebeu em seguida a adesão de 15 deputados governistas do partido do Povo da Liberdade (PDL), de Berlusconi. Verghini afirma, no entanto, que o projeto é autofinanciado e não foi idealizado por iniciativa do partido e nem do primeiro-ministro.
Em declarações ao jornal Corriere della Sera, Verghini disse já ter 10 mil assinaturas e que a cada dia mais centenas de pessoas aderem à causa.
Para impulsionar a iniciativa, foi definido um tema para o site "A pace può (A paz pode, em livre tradução)", e um vídeo elaborado reunindo imagens da reconstrução após o terremoto da Itália em 6 de abril, que causou 299 mortos.
O tema tem música de Pino di Pietro e letra e voz de Loriana Lana, a mesma que já compôs a canção Silvio forever, o hino dos jovens do PDL.
"O Prêmio Nobel para a Paz não é concedido a um italiano desde 1907. Chegou finalmente a vez de jogar por terra esse tabu que já dura mais de cem anos. Em 1907 o prêmio foi concedido ao jornalista Ernesto Teodoro Moneta", indica o Comitê da Liberdade, em sua página web.
"Hoje achamos que a Itália merece receber esse reconhecimento e ser dignamente representada por Silvio Berlusconi, por seu indiscutível compromisso humanitário em terreno nacional e internacional", acrescenta.
Entre as conquistas que, segundo o comitê, o primeiro-ministro conquistou, na esfera internacional, está o papel de mediador na crise na Geórgia em agosto de 2008 e seu empenho para a conquista da paz duradoura entre israelenses e palestinos.