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Fiocruz realiza primeiro ensaio clínico com células-tronco para tratamento de paraplegia

Estudo da Fiocruz Bahia obteve aprovação da Anvisa em novembro, após a avaliação dos documentos enviados

28 nov 2024 - 04h59
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A validação da pesquisa é resultado da colaboração entre a Fiocruz e o Senai Cimatec, uma instituição que produzirá as células-tronco dos pacientes em um laboratório
A validação da pesquisa é resultado da colaboração entre a Fiocruz e o Senai Cimatec, uma instituição que produzirá as células-tronco dos pacientes em um laboratório
Foto: FreePik

A Fiocruz Bahia conduzirá o primeiro experimento clínico de terapias avançadas (utilizando células-tronco do próprio paciente) aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), visando testar um tratamento para pacientes paraplégicos que sofreram traumatismo raquimedular.

Terapias de ponta incluem terapias celulares, genéticas e de bioengenharia de tecidos, sendo reconhecidas pela Anvisa como uma nova categoria de medicamentos. O estudo, sob a coordenação da pesquisadora Milena Soares, da Fiocruz Bahia, obteve aprovação em novembro, após a avaliação dos documentos enviados.

Milena explica que para a realização de qualquer estudo clínico envolvendo terapias avançadas, é necessário primeiramente a aprovação da Anvisa.

"Essa é uma notícia importante neste momento em que a Fiocruz está ampliando o programa de desenvolvimento de terapias avançadas. O Brasil é um país fortemente regulado quando se trata de terapias com uso de células, o que é importante para proteção e cuidado com a população brasileira”, disse a especialista à Agência Fiocruz. 

A validação da pesquisa é resultado da colaboração entre a Fiocruz e o Senai Cimatec, uma instituição que produzirá as células-tronco dos pacientes em um laboratório certificado. O estudo, que envolve 40 pacientes e tem previsão de duração de três anos, vai analisar o tratamento com células-tronco da medula óssea do próprio indivíduo.

A coordenadora finalizou: “É uma linha de pesquisa que desenvolvemos há mais de 15 anos e que pretendemos validar, avaliando a eficácia e a segurança do tratamento. Caso seja demonstrado que a terapia é eficaz e segura, esperamos que ela possa ser, futuramente, oferecida no Sistema Único de Saúde (SUS) para ajudar a melhorar a qualidade de vida dessas pessoas”. 

Fonte: Redação Byte
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