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Excesso de luz azul acelera o processo de envelhecimento, diz estudo

Após experimentos com moscas, cientistas apontam que o excesso de exposição à luz azul intensifica o envelhecimento celular. Mais testes ainda são necessários

31 ago 2022 - 18h18
(atualizado às 19h54)
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O uso contínuo de telas, como telefones e computadores, aumenta o nível de exposição humana à luz azul, o que potencialmente pode ser prejudicial à saúde. É o que aponta um estudo feito com moscas da espécie Drosophila melanogaster, onde foi possível observar que este tipo de exposição acelera o processo de envelhecimento.

Publicado na revista científica Frontiers in Aging, o estudo sobre o impacto da luz azul no processo de envelhecimento foi liderado por pesquisadores da Universidade Estadual de Oregon, nos Estados Undos. No momento, as evidências ainda são preliminares, já que o experimento ocorreu apenas com moscas e, em humanos, os resultados desse processo podem ser diferentes ou menos intensos. Mais estudos ainda serão realizados.

Foto: Jandré van der Walt/ Unsplash / Canaltech

Impactos da luz azul no envelhecimento das células

"A exposição excessiva à luz azul de dispositivos do dia a dia, como TVs, laptops e telefones, pode ter efeitos prejudiciais em uma ampla gama de células do nosso corpo, desde células da pele e gordura até neurônios sensoriais", explica Jadwiga Giebultowicz, autora sênior do estudo e professora da universidade norte-americana, em comunicado.

"Somos os primeiros a mostrar que os níveis de metabólitos específicos — substâncias químicas essenciais para que as células funcionem corretamente — são alterados em moscas expostas à luz azul", comenta. Giebultowicz ainda aconselha que "evitar a exposição excessiva à luz azul pode ser uma boa estratégia antienvelhecimento".

Entenda o estudo

Para entender como a luz azul pode acelerar o envelhecimento em moscas, a equipe de cientistas comparou os níveis de metabólitos em moscas expostas à luz azul por duas semanas com aquelas mantidas em completa escuridão.

Após análises, o grupo concluiu que os insetos expostos apresentavam diferenças significativas nos níveis de metabólitos que foram medidos. A maior diferença estava nas células presentes na cabeça das moscas.

Descoberta vale para os humanos?

Apesar dos resultados, a aplicação da descoberta em humanos é limitada. "Usamos uma luz azul bastante forte nas moscas — os humanos são expostos a uma luz menos intensa, então os danos celulares podem ser menos dramáticos", afirma Giebultowicz.

Por outro lado, "os produtos químicos de sinalização nas células de moscas e humanos são os mesmos, então há potencial para efeitos negativos da luz azul em humanos", completa Giebultowicz. Agora, novas pesquisas devem avaliar este impacto diretamente em células humanas.

Fonte: Frontiers in Aging e Frontiers    

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