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Destaque da NASA: fusão de buracos negros é foto astronômica do dia

O destaque da NASA traz um vídeo que representa a colisão entre dois buracos negros. O evento gerou ondas gravitacionais detectadas pela 1ª vez em 2015

11 mai 2024 - 01h00
(atualizado às 04h06)
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A fusão entre dois buracos negros está no destaque da NASA nesta sexta (10) no site Astronomy Picture of the Day. O processo violento foi apresentado em uma animação criada a partir da primeira detecção direta de ondas gravitacionais, ocorrida em 2015.

Foto: Simulating eXtreme Spacetimes Project / Canaltech

Não leva mais que uma fração de segundos para buracos negros colidirem. Felizmente, você pode ver o processo no vídeo abaixo, que mostra os objetos em frente a estrelas, gás e poeira.

A gravidade deles é tão extrema que distorce a luz vinda do fundo, formando os chamados anéis de Einstein. Eles são lentes gravitacionais extremamente raras e foram previstos pela Teoria da Relatividade, de Albert Einstein

Depois, os buracos negros se aproximam e começam uma dança em espiral; ao fim do impacto, eles se combinam em um único objeto. 

A colisão gera ondas gravitacionais, que se espalham pela imagem e afetam até a estrutura dos anéis de Einstein. Aliás, as ondas também atravessaram a Terra, deixando por aqui vestígios da sua origem veiolenta.

"Muita da energia [da colisão] foi liberada em poucas frações de um segundo", descreveu Peter Fritschel, cientista-chefe do LIGO. "Por um tempo muito curto, a energia real das ondas gravitacionais foi maior do que aquela de toda a luz visível no universo", finalizou.

Buracos negros em fusão

O vídeo acima é uma representação do evento GW150914, que marcou a primeira vez em que os cientistas observaram ondas gravitacionais vindas de um evento distante. Elas foram identificadas por meio dos detectores do Laser Interferometer Gravitational-wave Observatory (LIGO). 

Os sinais observados indicam que os buracos negros envolvidos no evento tinham de 29 a 36 massas solares, e que se chocaram há mais de um bilhão de anos; o horário da chegada dos sinais sugere que a fonte emissora estava no céu do hemisfério sul. Em uma fração de segundo, cerca de três massas solares foram convertidas em ondas gravitacionais

Como o vídeo mostrou, as ondas gravitacionais são ondulações no tecido do espaço-tempo que levam consigo informações sobre suas origens. Os físicos concluíram que elas ocorrem no segundo final da fusão dos buracos negros, algo que já havia sido previsto, mas nunca observado. A detecção foi extremamente importante, pois representa uma confirmação da Teoria da Relatividade Geral.

Fonte: APOD

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