Cuidado onde encosta: pesquisadores alertam para brechas de segurança em pagamentos por aproximação
Pesquisadores britânicos alertam que recursos de conveniência em pagamentos por aproximação podem abrir brechas graves, permitindo transações não autorizadas e expondo consumidores e comerciantes a fraudes
No mundo dos pagamentos por aproximação — aquela encostada rápida que virou hábito, no restaurante, no caixa da padaria e até em alguns transportes públicos — a impressão geral é que tudo funciona como mágica. Mas, como em toda mágica boa demais para ser verdade, sempre existe um truque escondido. E agora, pesquisadores britânicos descobriram que esse truque pode ser bem arriscado.
Um estudo liderado pela Universidade de Surrey, em parceria com a Universidade de Birmingham, revelou que novos recursos adicionados ao padrão EMV — a espinha dorsal dos pagamentos sem contato usados por Visa, Mastercard, Apple Pay, Google Pay e outros do tipo — estão abrindo brechas capazes de comprometer a segurança de milhões de usuários. E não estamos falando de bugs teóricos: os pesquisadores realmente conseguiram burlar terminais modernos e realizar transações de alto valor sem autorização.
O trabalho, apresentado no 34º Simpósio de Segurança USENIX e com presença garantida na DEFCON 2025, mostrou como proteções consideradas sólidas podiam ser contornadas com certa facilidade em PoS offline — como as máquinas usadas em lojas, restaurantes, táxis e outros lugares onde a conexão nem sempre é constante. Em um dos experimentos, a equipe conseguiu completar uma transação de impressionantes £25.000 em um terminal configurado para operar offline. Sem biometria, sem PIN, sem nada além de um encaixe muito conveniente entre brechas de software e regras frouxas.
O problema, segundo os pesquisadores, ...
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