Smartwatchs poderão detectar gravidez com antecedência, aponta estudo
Pesquisadores da Universidade de Cornell identificaram padrões que podem ser notados pelo aparelho
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Cornell desenvolveu um estudo para avaliar comportamentos humanos a partir da captação de informações de acessórios vestíveis, como relógios (smartwatch) e anéis (smart rings) e apontou que esses aparelhos serão capazes de detectar casos de gravidez, por exemplo.
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Com os dados coletados, os especialistas puderam avaliar e entender padrões de comportamento físico e fisiológico das pessoas que cederam seus eletrônicos para análise.
"Ao contrário dos sensores brutos, essas métricas comportamentais de alto nível são calculadas usando algoritmos cuidadosamente validados derivados dos sensores brutos", diz uma parte do documento.
Com eles em mãos, foi possível estudar diversas métricas diferentes e concluir que níveis gerais de atividade podem ser fatores comportamentais importantes para ajudar a detectar uma mudança no estado de saúde, como uma doença ou uma gravidez.
O estudo foi feito em parceria com a Apple, responsável pela produção do Apple Watch e do Iphone, e deu origem ao "modelo fundamental de comportamento de saúde a partir de dispositivos vestíveis" (WBM, na sigla em inglês).
"O WBM é treinado com base em dados comportamentais de dispositivos vestíveis, utilizando 162 mil participantes com mais de 15 bilhões de medições por hora do Apple Heart and Movement Study (MacRae, 2013)", diz o relatório da pesquisa.
O cruzamento de dados aponta uma precisão de 92% no caso de detecção de gravidez, o maior entre todo o teste. A segunda condição física mais notada foi a Diabetes, com 82%, seguido de infecção — 76% de aproveitamento.
"A gravidez resulta em mudanças substanciais tanto na fisiologia subjacente de um indivíduo, conforme rastreado por sensores brutos, quanto em mudanças substanciais no comportamento de um indivíduo, conforme medido por métricas derivadas, como minutos de exercício, contagem de passos e ritmo. Portanto, essa tarefa funciona como um exemplo claro da natureza complementar da modelagem dos dois tipos de dados", explicam os pesquisadores.
Vale ressaltar que, o estudo ainda passará pela revisão por pares, costume previsto no meio acadêmico para validar uma comprovação ou estudo.
A Apple não anunciou publicamente intenções de trabalhar com o WBM em futuras versões do Apple Watch. Caso a pesquisa seja comprovada e siga adiante, essa avaliação pode vir a ser uma das novas funcionalidades em modelos futuros do relógio.