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Obama diz que apresentará novo plano contra mudança climática

22 jun 2013 - 20h16
(atualizado às 21h01)
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O presidente dos EUA, Barack Obama, disse neste sábado que oferecerá um discurso na próxima terça-feira, na Universidade de Georgetown, no qual mostrará um plano nacional para combater a mudança climática com a ajuda de cientistas, engenheiros e empresários.

"Mostrarei minha visão sobre para onde acho que devemos ir, um plano nacional para reduzir a poluição por dióxido de carbono, preparar nosso país para os impactos da mudança climática e liderar os esforços globais para combatê-lo", disse Obama em sua conta no Twitter, em um anúncio que inclui um vídeo de um minuto e meio.

"Este é um desafio sério, mas é singularmente adequado à fortaleza dos EUA. Necessitaremos de cientistas que desenhem novos combustíveis e agricultores que os produzam; necessitaremos de engenheiros que desenhem novas fontes de energia e negócios que as façam e vendam", afirmou o líder.

No vídeo, que inclui imagens da natureza e do setor industrial, Obama sugeriu que seu plano ajudará a criar empregos já que os trabalhadores americanos construirão as bases para "uma economia de energia limpa".

Obama também assinalou que os americanos têm que pensar em "preservar a criação de Deus para futuras gerações, desde as florestas até as vias fluviais, os campos de cultivo e as cúpulas nevadas".

"Não há um passo que por si só possa reverter a mudança climática, mas tentaremos deixar um mundo melhor para nossas crianças", enfatizou Obama.

A Casa Branca prevê divulgar no domingo uma antecipação do discurso sobre o plano, que Obama mostrará um dia antes de iniciar uma viagem pela África.

Fontes da Administração Obama asseguraram que o plano nacional buscará responder ao desafio da mudança climática com medidas centradas em reduzir a emissão de gases do efeito estufa nas usinas de energia elétrica.

Segundo os meios de comunicação locais, o plano será centrado em novas regulações da Administração para a Proteção Ambiental (EPA, em inglês), a redução das emissões de dióxido de carbono nas usinas de energia, uma melhora na eficiência energética de bens eletrodomésticos e o desenvolvimento de fontes de "energia limpa".

As usinas de energia dos Estados Unidos geram pouco mais de um terço das emissões de gases do efeito estufa, e a maioria destas em emissões provém de usinas que dependem do carvão para suas operações.

Segundo analistas, o Governo de Obama não poderá cumprir a declarada meta de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 17% dos níveis medidos em 2005, para o ano 2020, sem intervir com novas regulações ou leis ambientais.

Assim, se prevê que o plano de Obama seja apoiado em uma série de ordens executivas para responder ao desafio da mudança climática, que o próprio líder identificou no princípio deste ano como uma de seus principais prioridades para seu segundo mandato até 2017.

"Nós esperamos que sugira um pacote de iniciativas que abra as portas para um futuro de energia limpa e bons empregos, e deixe claro o abandono progressivo dos combustíveis fósseis que contaminam nossas comunidades", disse hoje à Agência Efe Javier Sierra, porta-voz do grupo ambientalista Sierra Club.

Na terça-feira passada, durante um discurso perante a Portão de Brandeburgo em Berlim, Obama disse que embora sejam reduzidas as "perigosas emissões de carbono", é necessário "fazer mais, e faremos mais".

Já em seu discurso sobre o "Estado da União" em 12 de fevereiro, Obama pediu ao Congresso a que tomasse medidas bipartidistas para fortalecer o meio ambiente, e deixou aberta a porta para possíveis medidas unilaterais.

"Se o Congresso não atuar em breve para proteger as futuras gerações, eu farei. Ordenarei a meu Gabinete que elabore ações executivas que possamos empreender agora e no futuro para reduzir a poluição, preparar nossas comunidades para as consequências da mudança climática e agilizar a transição rumo às fontes de energia mais sustentáveis", disse então Obama.

Nesse discurso, Obama argumentou que apesar da mudança climática não ser produto de um "único evento", 12 dos últimos 15 anos registraram as temperaturas mais cálidas na história recente, e "as ondas de calor, as secas, os incêndios incontrolados e as inundações são agora mais frequentes e mais intensas".

A luta contra a mudança climática, a reforma migratória e o reforço do controle de armas figuram entre as prioridades de Obama para seu segundo mandato, segundo disse ele mesmo em várias ocasiões.

EFE   
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