O céu não é o limite | Explosão solar, eclipse solar, água em Marte e mais
Confira as principais notícias do espaço da semana 1° a 7 de outubro de 2022 e fique por dentro de tudo o que mais importa no universo da astronomia!
Marte foi um dos principais destaques do noticiário espacial da última semana. Cientistas anunciaram a descoberta de água líquida sob a calota de gelo no polo sul do Planeta Vermelho, o que pode significar atividade geotérmica, e um objeto misterioso no "pé" do helicóptero Ingenuity. O que será esse objeto?
Confira abaixo essas e outras grandes notícias astronômicas dos últimos dias!
Explosão solar causa blecaute de rádio nos EUA
Uma grande explosão solar liberou radiação eletromagnética em direção ao nosso planeta, causando blecautes de rádio em todos o território dos Estados Unidos, provavelmente afetando as equipes de resgate e emergência que atendia a população após passagem do furacão Ian no país.
O blecaute foi classificado com R3, de forte intensidade, enquanto a explosão foi de intensidade X1 (a mais fraca dentro da categoria das mais fortes). Uma segunda explosão solar mais leve causou um novo blecaute de rádio a oeste do oceano Pacífico e na Austrália.
Veremos o eclipse solar de outubro no Brasil?
A resposta curta é: não, os habitantes do Brasil não poderão observar o eclipse solar parcial de outubro. Apenas aqueles no hemisfério Norte, mais especificamente o norte da África, Ásia, Europa, Rússia e o Polo Norte, poderão ver o fenômeno.
O eclipse ocorrerá no dia 25 de outubro e você pode acompanhar em transmissões ao vivo. Uma delas será feita pelo The Virtual Telescope Project. A live começa a partir das 6h da manhã (horário de Brasília).
Água líquida sob gelo no polo sul marciano
Novas evidências de água líquida sob a calota de gelo no polo sul de Marte foram encontradas. Isso significa que o Planeta Vermelho deve ser geotermicamente ativo devido às atividades do magma em um período relativamente recente na subsuperfície marciana.
Essas atividades podem ter aumentado o aquecimento geotérmico necessário para manter a água no estado líquido. A região "suspeita" de conter água líquida se estende entre 10 a 15 km, em forma semelhante àquela encontrada no gelo que cobre lagos subglaciais na Terra.
Ingenuity voou com objeto estranho em seu "pé"
There's something on your foot, #MarsHelicopter! 👀
We're looking into a bit of debris that ended up on Ingenuity's foot during its latest aerial commute. As shown in the GIF, it eventually came off and did not impact a successful Flight 33. https://t.co/S78Chpo2uO pic.twitter.com/oFnRUBy4aq
— NASA JPL (@NASAJPL) October 1, 2022
Durante seu 33º voo pela atmosfera de Marte, o helicóptero Ingenuity levou um objeto esquisito em seu "pé", e sua câmera filmou tudo. Segundo a NASA, isso não afetou o voo, mas o objeto não estava ali durante sua 32º decolagem.
Os cientistas ainda não sabem a natureza do objeto, mas ele permaneceu no pé do helicóptero até metade da viagem. Depois, a "coisa" caiu e desceu à superfície marciana.
Exoplanetas "gêmeos" da Terra podem ser muito raros
Usando modelos planetários para entender a relação entre a água no manto dos planetas e a atividade de massa continental por meio das placas tectônicas, cientistas estimaram que apenas 1% dos planetas terrestres seria realmente semelhante ao nosso.
A proporção de solo para mar na Terra é bastante equilibrada, mas, em outros mundos, a temperatura do interior desses planetas pode mudar bastante essa equação para torná-los mais aquáticos ou mais secos.
A Lua pode ter se formado muito rápido após colisão com Theia
A ideia mais aceita pelos cientistas é que a Lua surgiu a partir dos detritos ejetados durante colisão de um planeta do tamanho de Marte (Theia) com a Terra. Mas não há um consenso sobre os processos que levaram esses detritos a se unirem. Um novo estudo, no entanto, concluiu que a formação da Lua levou apenas algumas horas após o impacto.
Para entender o que realmente aconteceu na formação da Lua, foram feitas muitas simulações em baixa resolução do impacto, com variações de ângulo, velocidade, massa e rotação dos corpos celestes. Mas, para uma resposta mais acurada, os pesquisadores fizeram uma simulação em alta resolução e concluíram que o processo deve ter levado apenas algumas horas.
NASA adia lançamento da Artemis I para novembro
A missão Artemis I, que seria lançada no início de outubro, foi adiada para algum dia entre 12 e 27 de novembro. O motivo: a passagem do furacão Ian pela Flórida. Agora, os engenheiros vão analisar o foguete e a cápsula para deixar tudo em ordem na próxima tentativa de lançar a missão.
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