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Imagens em 3D mostram detalhes de aranhas pré-históricas

5 ago 2009 - 08h51
(atualizado às 10h07)
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Cientistas do Imperial College London usaram equipamentos de tumografia computadorizada e programas de computação gráfica para criar imagens tridimensionais de fósseis de duas espécies de aranhas que viveram há 300 milhões de anos. Apesar de tão antigas, as espécies Cryptomartus hindi e Eophrynus prestvicii são "parentes próximas" de aranhas modernas. A tecnologia já havia sido usada antes, mas poucas vezes em fósseis tão antigos, que mostram o início da vida na Terra.

A Eophrynus_prestivicii, com 300 milhões de anos, foi mapeada em 3D
A Eophrynus_prestivicii, com 300 milhões de anos, foi mapeada em 3D
Foto: BBC Brasil

As imagens tridimensionais revelam detalhes até então desconhecidos das criaturas, como mecanismos de defesa e que as aranhas tinham hábitos predadores, e dão aos cientistas uma ideia melhor do que se passava no período, anterior ao dos dinossauros. Os resultados foram publicados na revista especializada Biology Letters.

Os cientistas fizeram cerca de 3 mil imagens de cada fóssil. O software desenvolvido pelo Imperial College London foi usado para juntar todas as imagens em um modelo virtual único, detalhado e tridimensional das aranhas.

Medidas defensivas

As imagens tridimensionais revelam que as patas dianteiras da Cryptomartus hindi estavam direcionadas para a frente, sugerindo que a aranha poderia usá-las para agarrar suas presas. Os pesquisadores sugerem que o animal, provavelmente, era "um predador que caçava por emboscada" como a moderna aranha caranguejeira, que aguarda escondida a aproximação da presa.

Os pesquisadores também concluíram que a outra espécie, a Eophrynus prestvicii, tinha espinhos nas costas, provavelmente como medida de defesa para torná-la menos palatável aos anfíbios, que seriam seus predadores naturais. "Nossos modelos quase trazem essas criaturas de volta à vida e é muito excitante conseguir examiná-las em tantos detalhes", disse o pesquisador Russel Garwood, do Imperial College London e principal autor do estudo.

"Nosso estudo ajuda a construir uma imagem do que estaria acontecendo neste período do início da história da vida na Terra." A técnica também poderá ser usada para re-examinar fósseis do mesmo período, já analisados pelos meios convencionais, disseram os cientistas.

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