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Telescópio que vai caçar asteroides detecta sua 1ª rocha espacial

Novo telescópio da Agência Espacial Europeia detectou seu primeiro asteroide. O instrumento vai ser parte de uma rede caçadora de rochas espaciais

20 mar 2024 - 14h51
(atualizado às 18h09)
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Um novo asteroide foi descoberto. A detecção foi feita por um dos instrumentos do projeto Test-Bed Telescope, projeto criado pela Agência Espacial Europeia (ESA) para desenvolver uma rede de telescópios capazes de analisar o céu em busca de asteroides perigosos para a Terra. 

Foto: urikyo33/Pixabay / Canaltech

O instrumento que fez a detecção é a segunda unidade do projeto. Em um comunicado, a ESA explica que, durante os testes iniciais do instrumento como uma ferramenta de observação dos asteroides próximos da Terra (ou apenas NEOs, na sigla em inglês), o telescópio foi usado quase toda noite. 

Nos últimos meses, os membros do projeto decidiram dedicar parte do seu tempo de uso à descoberta de novos NEOs. Para isso, eles desenvolveram uma nova estratégia de observação; depois, qualquer candidato encontrado seria validado por astrônomos profissionais.

O processo era necessário para ajudar a garantir que somente detecções confiáveis seriam enviadas ao Centro de Planetas Menores, instituição responsável pela designação de objetos menores no Sistema Solar. Ainda, o MPC cuida da divulgação de observações e dados orbitais destes objetos em diferentes publicações.

Asteroide 2024 EL4 registrado em 31 imagens empilhadas (Imagem: Reprodução/ESA / PDO)
Asteroide 2024 EL4 registrado em 31 imagens empilhadas (Imagem: Reprodução/ESA / PDO)
Foto: Canaltech

Os primeiros resultados do trabalho apareceram em 14 de março. "Um conjunto de imagens da constelação Hydra, no hemisfério sul, mostrou um asteroide desconhecido de magnitude ~20,5, que nossos observadores reconheceram imediatamente com alta probabilidade de ser real", explicaram.

O objeto recebeu o nome temporário de PDO0002. Segundo a ESA, o asteroide é um NEO e tem tamanho parecido com aquele que causou o Evento de Tunguska em 1908, na Sibéria; na ocasião, houve um impacto tão forte que em poucos segundos mais de 80 milhões de árvores foram destruídas em uma área de quase 2 mil km quadrados, sem deixar cratera de impacto.

Agora, ele se chama 2024 EL4, e de acordo com a agência espacial, não oferece riscos de impacto com a Terra nos próximos 100 anos. "Apenas 4 dias depois de descobrir o 2024 EL4, o mesmo sistema encontrou outro NEO candidato, que agora estamos confirmando com os telescópios de nossa rede", acrescentaram os oficiais da ESA. Resta aguardar a confirmação do objeto, bem como informações sobre suas características. 

Fonte: ESA

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