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Planetas "gêmeos" da Terra em outros sistemas estelares podem ser muito raros

Parece que mundos com proporções de água e solo semelhantes às da Terra podem representar apenas 1% dos exoplanetas potencialmente habitáveis

5 out 2022 - 00h22
(atualizado às 12h13)
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É possível que exoplanetas "gêmeos" da Terra, com proporções de terra e de oceanos parecidas com as do nosso planeta, sejam extremamente raros. A conclusão vem de um novo estudo conduzido por Tilman Spohn e Dennis Höning, do Institituto de Ciência Espacial e Instituto de Pesquisa Planetária. Eles mostraram que mundos muito parecidos com a Terra — com cerca de 30% de sua superfície coberta por massa continental exposta — podem representar apenas 1% dos exoplanetas rochosos que ficam na zona habitável de suas estrelas.

A dupla usou modelos para entender a relação entre a água no manto dos planetas e a "reciclagem" de massa continental por meio das placas tectônicas. De forma geral, os resultados indicaram que a proporção observada na Terra, de solo para mar, é bastante equilibrada, mas isso poderia facilmente mudar para mais água ou mais massa terrestre se o interior do mundo em questão chegasse a uma temperatura parecida com a do manto da Terra, de 1.410 ºC.

Foto: NASA/JPL-Caltech / Canaltech

Os modelos sugerem que os planetas dominados por oceanos, com menos de 10% de terra, seriam quentes e úmidos, com clima tropical. Já no caso de planetas dominados por terra, com menos de 30% da superfície coberta por oceanos, o clima seria mais frio e seco, com grandes desertos e geleiras. "Embora todos os planetas modelados possam ser considerados habitáveis, a fauna e flora deles poderia ser bem diferente", acrescentou Spohn.

Ele explica que, como nós estamos acostumados com o equilíbrio entre áreas terrestres e oceanos aqui na Terra, pode ser fácil deduzir que um planeta similar à Terra, em outro sistema estelar, seria muito parecido com o nosso. "Mas os resultados dos nossos modelos sugerem que isso provavelmente não é o caso", observou.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado no site do Europlanet Science Congress 2022.

Fonte: Europlanet Society (1, 2)

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