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Nova foto do James Webb mostra detalhes no centro da Via Láctea

Nova foto do telescópio James Webb revela uma vasta região de formação estelar no centro da Via Láctea, localizada a 300 anos-luz do buraco negro Sagittarius A*

21 nov 2023 - 15h19
(atualizado às 18h34)
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O telescópio James Webb tirou uma nova foto do centro da Via Láctea. A nova imagem revela detalhes sem precedentes desta região marcada por uma área de formação estelar a apenas 300 anos-luz de Sagittarius A*, o buraco negro supermassivo da nossa galáxia.

Foto: NASA, ESA, CSA, STScI, Samuel Crowe (UVA) / Canaltech

Este berçário estelar é conhecido como Sagittarius C (ou apenas Sgr C), e muitas de suas características foram vistas pela primeira vez na nova foto do James Webb. "Nunca houve dados no infravermelho desta região no nível de resolução e sensibilidade que conseguimos com o Webb", observou Samuel Crowe, principal investigador da análise da imagem.

Em meio às 500 mil estrelas ali, há um aglomerado de protoestrelas que ainda estão se formando. Durante o processo, elas emitem fluxos de matéria que brilham em meio às partículas da nuvem escura na região.

Aglomerado de protoestrelas produzem fluxos de matéria nesta foto do centro da Via Láctea (Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, STScI, Samuel Crowe (UVA))
Aglomerado de protoestrelas produzem fluxos de matéria nesta foto do centro da Via Láctea (Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, STScI, Samuel Crowe (UVA))
Foto: Canaltech

O Webb registrou também as emissões do hidrogênio ionizado presente em uma parte da nuvem. Estas emissões aparecem em azul claro e, segundo Crowe, são causadas pelos fótons energéticos emitidos por estrelas jovens e massivas.

Apesar de o hidrogênio ionizado já ser conhecido, o grande tamanho da região surpreendeu a equipe. Crowe e seus colegas vão analisar os dados mais profundamente, e vão também tentar descobrir a origem de filamentos alongados encontrados no gás ionizado.

O centro da Via Láctea

Localizado a cerca de 26 mil anos-luz de nós, o centro da Via Láctea é uma região onde estrelas são formadas a todo vapor — daí o interesse de astrônomos estudarem a região. "O Centro Galáctico é o ambiente mais extremo na Via Láctea, onde as teorias atuais de formação estelar podem passar pelos testes mais rigorosos", disse Jonathan Tan, um dos supervisores de Crowe.

Devido à curta distância (em termos astronômicos), os astrônomos podem usar o Webb para estudar individualmente as estrelas no centro. Desta forma, eles podem entender como elas se formam e como afetam o ambiente em relação a outras regiões na Via Láctea.

O que é o telescópio James Webb?

O James Webb é considerado o maior e mais potente telescópio espacial já criado. Desenvolvido através de uma parceria entre a NASA, a Agência Espacial Europeia e a agência espacial do Canadá, o Webb foi lançado em dezembro de 2021 após longos atrasos.

Última foto do James Webb após seu lançamento (Imagem: Reprodução/NASA)
Última foto do James Webb após seu lançamento (Imagem: Reprodução/NASA)
Foto: Canaltech

A espera valeu a pena. Desde o início das suas operações, o novo telescópio vem tirando fotos incríveis e ajudando os cientistas a entenderem melhor a formação do universo, dos exoplanetas e muito mais. Para isso, o Webb conta com quatro instrumentos científicos que observam o espaço em comprimentos de onda da luz visível, infravermelho próximo e médio.

Fonte: Webb Telescope

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