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James Webb revela moléculas congeladas em disco ao redor de estrela

Astrônomos usaram o telescópio James Webb para mapear o disco de formação planetária ao redor da estrela HH 48 NE, e descobriram compostos congelados nele

6 dez 2023 - 20h41
(atualizado em 7/12/2023 às 12h01)
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A estrela HH 48 NE, localizada a 600 anos-luz da Terra, está cercada por um disco que vai formar planetas. Astrônomos liderados por Ardjan Sturm, cientista da Universidade de Leiden, usaram o telescópio James Webb para observar a estrutura, e criaram o primeiro mapa já feito do gelo em um disco ao redor de uma estrela jovem.

Foto: HST, JWST, Sturm et al. / Canaltech

Sturm conta que o mapeamento do gelo nos discos de formação planetária são importantes para estudos de modelagem, ajudando na compreensão do surgimento da Terra e de outros planetas. "Com estas observações, podemos agora fazer colocações mais firmes sobre a física e química de estrelas e formação planetária", acrescentou.

O mais interessante é que, na nossa perspectiva, o disco da estrela HH 48 NE lembra um hambúrguer. Veja só: nesta analogia, os pães seriam o próprio disco protoplanetário, e o recheio seria a faixa escura de poeira que cruzou seu centro.

Tente encontrar o "hambúrguer cósmico" na foto abaixo à esquerda:

Esquema com imagem do disco protoplanetário de gás e poeira, além de representações das moléculas existentes (Imagem: Reprodução/HST, JWST, Sturm et al.)
Esquema com imagem do disco protoplanetário de gás e poeira, além de representações das moléculas existentes (Imagem: Reprodução/HST, JWST, Sturm et al.)
Foto: Canaltech

Para o estudo, a equipe do projeto Ice Age voltou os "olhos" do telescópio para a estrela. A ideia ali era treiná-lo conforme a estrela atravessava o disco, pois a luz emitida pela estrela iria interagir com as partículas e seria absorvida. Como as moléculas absorvem e emitem luz de formas específicas, seus sinais poderiam ser identificados pelo Webb.

No caso desta estrela, os astrônomos notaram as "impressões digitais" de amônia, cianato, sulfeto de carbonila e dióxido de carbono pesado, todos congelados. Eles descobriram que o gelo de monóxido de carbono no disco protoplanetário pode estar misturado a compostos menos voláteis, e isso permitiria que ele se mantivesse sólido mesmo se ficasse mais próximo da estrela.

Portanto, planetas com altas quantidades de carbono poderiam se formar mais próximos das suas estrelas. A ocorrência do gelo nos discos protoplanetários é de grande interesse dos astrônomos, porque permite que os grãos de poeira se juntem em porções cada vez maiores. Além disso, o gelo pode ter compostos fundamentais para a vida, como carbono e hidrogênio.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Astronomy & Astrophysics.

Fonte: Astronomy & Astrophysics; Via: Leiden University

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