Blue Origin descobre o que causou anomalia em missão não tripulada
Após investigações, a Blue Origin afirma que a anomalia do voo NS-23 aconteceu devido a uma falha em um componente do propulsor do sistema New Shepard
A anomalia ocorrida na missão NS-23, lançada pela Blue Origin em setembro do ano passado, foi causada por uma falha em um componente que integra o motor do propulsor do sistema New Shepard. A descoberta foi anunciada em um comunicado publicado pela empresa na sexta-feira (24), após seis meses de investigação do incidente.
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Lançada das instalações da Blue Origin no Texas, a NS-23 foi uma missão não tripulada que levou ao espaço suborbital 36 cargas úteis científicas. Cerca de 65 segundos após o início do voo, houve uma anomalia que causou a perda do primeiro estágio do New Shepard; já a cápsula foi ejetada e pousou em segurança, sem sofrer danos.
Segundo a Blue Origin, o propulsor do foguete não pousou na vertical, e acabou impactando o solo. Agora, a empresa descobriu que a anomalia foi causada por uma falha termoestrutural em um duto do motor, pelo qual gases são ejetados. O ocorrido causou um desalinhamento de propulsão, que acionou o sistema de escape da cápsula.
A chamada "falha de fadiga estrutural", ocorrida no componente, foi resultado de temperaturas operacionais acima do esperado. Ainda no comunicado, a Blue Origin reforçou que tanto a cápsula quanto as cargas úteis a bordo pousaram em segurança graças ao sistema de escape, que funcionou conforme o projetado.
No momento, a empresa está aplicando ações para evitar que o problema aconteça novamente — entre elas, está a mudança do projeto da câmara de combustão do motor e ajustes dos parâmetros operacionais. "Mudanças adicionais na abertura aprimoraram a performance estrutural sob cargas térmicas e dinâmicas", acrescentaram.
A Administração Federal de Aviação (FAA), instituição que regula voos nos Estados Unidos, segue investigando o ocorrido. De acordo com informações publicadas na sexta-feira (24), o relatório do incidente segue aberto, e a FAA está estudando o documento enviado pela empresa sobre a anomalia.
"A aprovação da FAA é necessária para encerrar a investigação e para o sistema New Shepard voltar a voar", acrescentaram. Quando receber autorização para retomar os voos com o New Shepard, a Blue Origin planeja lançar novamente as cargas úteis científicas da missão NS-23.
Fonte: Blue Origin
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