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Cientistas se preparam para encalhe de até 100 baleias na Escócia

20 mai 2011 - 14h14
(atualizado às 15h08)
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Especialistas em animais marinhos estão se preparando para o encalhe de até 100 baleias-piloto nas Ilhas Ocidentais, localizadas no norte da Escócia.

Cerca de 20 baleias do grupo já apresentavam ferimentos nas cabeças
Cerca de 20 baleias do grupo já apresentavam ferimentos nas cabeças
Foto: BBC Brasil

O grupo de baleias já foi visto na tarde de quinta-feira na região de Loch Carnan e cerca de 20 delas já apresentariam ferimentos nas cabeças, que teriam sido causados pelas tentativas das baleias de ir para a faixa litorânea da região, que é rochosa. Baleias doentes ou feridas geralmente vão para as praias, onde morrem. No entanto, em alguns casos, baleias saudáveis seguem estas baleias.

As equipes de resgate afirmaram que plataformas flutuantes infláveis já estão a caminho da região, para ajudar a colocar as baleias de volta no caminho certo. No entanto, as equipes informaram que o grupo de baleias está fazendo muito barulho, o que pode ser um sinal de perturbação dos animais.

Águas profundas
Integrantes do grupo Mergulhadores Britânicos de Resgate de Vida Marinha (BDMLR, na sigla em inglês) estão cuidando do caso e temem que as baleias, uma espécie de águas profundas, morram em um grande encalhe, que pode ser o maior já registrado na Escócia.

Alasdair Jack, organizador das equipes de mergulhadores na Escócia, afirmou que evitar o encalhe dos mamíferos poderá fazer com que os animais passem por um sofrimento desnecessário e acabem encalhando em outro lugar. "Em vez de tentar evitar que elas venham para a praia, vamos deixar que elas venham e então tentaremos lidar com a situação", afirmou.

"Temos vários flutuadores, que é nosso equipamento para lidar com as baleias, e mais destes equipamentos estão a caminho."

"Vamos deixar que as baleias façam o que quiserem e então esperar para ver o que acontece", disse. Calum Watt, inspetor da Sociedade para Prevenção da Crueldade contra Animais (SPCA) da Escócia, disse que as baleias têm laços sociais fortes, o que significa que um mamífero pode seguir outro que esteja doente ou ferido até a praia.

"Neste momento, temos esperança que elas não encalhem, mas nossa preocupação é que as baleias feridas venham para a praia e sejam seguidas", afirmou.

"Tentar levar tantas baleias de volta poderá ser uma tarefa enorme e, se elas encalharem, vamos ter que decidir sobre a melhor forma de agir." Segundo Watt, o maior número de baleias encalhadas que foram levadas de volta ao mar foi sete, em 1993. "Infelizmente, todas voltaram à praia e morreram", disse.

Outro grupo
Baleias-piloto podem chegar a mais de seis metros de comprimento e estão entre os animais marinhos mais comuns. O operador de ecoturismo Stefe Duffield, que fotografou o grupo de animais, afirmou que não é comum ver baleias-piloto tão próximas da costa. "Esta é uma espécie de águas profundas (...) raramente vista em lagos costeiros", afirmou.

Em outubro de 2010, outro grupo de baleias-piloto foi visto na mesma região. Dias depois, 33 baleias, que seriam do mesmo grupo, foram descobertas mortas em uma praia da região. "É incrível que um segundo grupo, desta vez provavelmente com mais do dobro de tamanho, tenha chegado à mesma área", disse Calum Watt. "Não há razão conhecida para que elas venham para o mesmo lugar."

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