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Cérebro antes da morte pensa até em "luz branca", diz estudo

Pesquisa da Universidade de Michigan (EUA) avaliou pacientes que estavam em coma e tiveram os aparelhos desligados

2 mai 2023 - 15h08
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Pesquisadores descobriram o que acontece no cérebro na hora da morte
Pesquisadores descobriram o que acontece no cérebro na hora da morte
Foto: Canaltech

Um estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, forneceu evidências iniciais de que há uma atividade aumentada no cérebro durante o processo de morte, potencialmente relacionada à consciência. Os resultados do achado foram publicados na revista científica PNAS, na segunda-feira (1º). 

O experimento observou quatro pacientes em estado de coma, após parada cardíaca, que estavam sob monitoramento de Eletroencefalografia (EEG), exame que avalia a atividade elétrica cerebral espontânea, no momento de suas mortes. 

  • Em dois desses pacientes, uma onda de atividade de gama, ligada à consciência, foi registrada após a remoção do suporte ventilatório que os mantinham vivos;
  • O procedimento foi autorizado pela família;
  • A atividade foi identificada dentro da “zona quente” do cérebro, associada a sonhos e estados alterados de consciência. 

O que acontece no cérebro

A depender da cultura, os relatos de "quase morte" podem incluir uma luz branca, visitas de entes queridos que partiram, ouvir vozes e ver anjos, entre outros atributos.

Dois pacientes tiveram relatos anteriores de convulsões, mas nenhuma durante a hora antes de suas mortes. Quem diz é Nusha Mihaylova, professora clínica associada do Departamento de Neurologia que colaborou para a pesquisa. 

Os outros dois pacientes não exibiram o mesmo aumento na frequência cardíaca após a remoção do aparelho de suporte à vida, nem tiveram aumento da atividade cerebral.

Jimo Borjigin, professor que liderou o estudo, disse que “como uma experiência vívida pode emergir de um cérebro disfuncional durante o processo de morrer é um paradoxo neurocientífico".

Apesar das descobertas, devido ao pequeno tamanho da amostra e ao fato de os pacientes não terem sobrevivido, a equipe alerta sobre tirar conclusões definitivas. Afirma que estudos maiores são necessários para entender completamente esses padrões de ondas cerebrais.

Fonte: Redação Byte
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