Capela Sistina da pré-história: paredão de rocha de 13 mil anos atrás prova como era a vida humana na Amazônia antiga
Mural com 75 mil pinturas na floresta amazônica colombiana mostra como povos antigos viveram durante a Era do Gelo
Escondido no meio da floresta amazônica colombiana, existe um paredão gigantesco coberto por milhares de desenhos pré-históricos que revela um pouco sobre a vida dos primeiros habitantes da região. Arqueólogos identificaram mais de 13 mil anos de história pintados sobre rochas, registros que mostram como viviam, o que caçavam e como se relacionavam com a natureza durante a Era do Gelo, período de resfriamento da Terra caracterizado pela formação de camadas de gelo que cobriam grandes porções dos continentes. Conhecido como a "Capela Sistina da pré-história", o paredão reúne uma das maiores coleções de arte rupestre já encontradas no continente.
Mural estava escondido na floresta por 13 mil anos
Localizado na Serranía de La Lindosa, um dos sítios arqueológicos mais importantes da Colômbia, o complexo de paredões descoberto na aldeia de Cerro Azul impressiona pelo tamanho gigantesco. São cerca de 75 mil pinturas distribuídas ao longo de quilômetros de rocha. Para chegar até elas, é preciso seguir por trilhas íngremes, calor e vegetação densa.
Os desenhos mostram o cotidiano dos povos ancestrais. Há imagens de animais, rituais, pessoas, objetos, possíveis plantações e elementos da paisagem amazônica. Entre as figuras, pesquisadores identificam desenhos de espécies extintas, como preguiças gigantes e mastodontes, animal "parente" do mamute que desapareceram milhares de anos atrás. Esses registros reforçam a ideia de que esses grupos conviveram no período da Era do ...
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