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Astrônomo amador italiano descobre cinco novas galáxias anãs

Giuseppe Donatiello se torna o primeiro astrônomo amador a ter galáxias nomeadas em sua homenagem após descobrir cinco novas galáxias anãs

22 mai 2024 - 11h08
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Resumo
Giuseppe Donatiello, um astrônomo amador da Itália, descobriu cinco galáxias anãs em volta de uma galáxia espiral distante, sendo o primeiro astrônomo a ter galáxias nomeadas em sua homenagem. Essas descobertas ajudam a estudar estrelas, compreender a distribuição de matéria escura e entender a dinâmica da matéria escura da Via Láctea.
NGC 253, galáxia em que astrônomo amador Giuseppe Donatiello descobriu oito galáxias anãs
NGC 253, galáxia em que astrônomo amador Giuseppe Donatiello descobriu oito galáxias anãs
Foto: DECam/CTIO/NOIRLab/NSF/AURA, G. Donatiello/ UAI - SNR Profondo Cielo

Um astrônomo amador da Itália, chamado Giuseppe Donatiello, descobriu cinco novas galáxias anãs em volta de uma galáxia espiral distante, uma das maiores no céu sobre a Terra

As cinco passaram a se chamar Donatiello V, Donatiello VI, Donatiello VII, Donatiello VIII e Donatiello IX (Do V, Do VI, Do VII, Do VIII e Do IX).

"De onze descobertas, nove galáxias levam meu nome. Até onde sei, sou o primeiro e único astrônomo amador a ter galáxias nomeadas em sua homenagem”, disse Donatiello ao portal Space. 

"Tudo começou com a primeira descoberta em 2016 quando, em minhas astrofotografias, encontrei o que chamamos de Donatiello I. Embora fosse uma prática incomum, a nova galáxia recebeu meu nome, e foi uma grande alegria”, destacou.

As galáxias satélites descobertas recentemente se juntam às outras três que Donatiello descobriu anteriormente, ao redor da galáxia Sculptor, oficialmente conhecida como NGC 253.

Essas galáxias são difíceis de encontrar, principalmente por serem pequenas, em conjunto com a distância média de 11,5 milhões de anos-luz da Terra. O interessante é que elas podem ajudar astrônomos a estudar as estrelas mais antigas do nosso universo, além de entender distribuição da matéria escura.

Quando a galáxia Andrômeda vai colidir com a Via Láctea? Quando a galáxia Andrômeda vai colidir com a Via Láctea?

"Em geral, as galáxias anãs são objetos com luminosidade muito baixa. Basta dizer que muitos satélites da Via Láctea são difíceis de detectar porque estão bem camuflados nos campos estelares", disse Donatiello, ao Space. "Cada nova descoberta é, portanto, importante tanto na frente do censo quanto para um melhor conhecimento desses sistemas e sua evolução."

Onde estão todas as galáxias anãs? 

A Via Láctea tem galáxias anãs próprias. Em 1999, os astrônomos conheciam somente uma dúzia delas, mas, com descobertas feitas a partir de 2004, o número se aproximou de 60. Os cientistas acreditam que saber mais sobre essas galáxias pode colaborar no entendimento da dinâmica da matéria escura.

"Sabemos que as grandes galáxias devem estar alinhadas no centro de halos de matéria escura, estendendo-se bem além do tamanho do disco estelar," disse Donatiello. "De acordo com os cosmologistas, esses halos foram formados primeiro, atuando como um poço gravitacional para o gás neutro na origem das primeiras estrelas, criando as primeiras galáxias.

Donatiello ainda destaca que alguns desses halos se tornaram dominantes devido à gravidade, atraindo outros mais próximos. Segundo o astrônomo amador, esse processo foi o que ativou a formação hierárquica das grandes galáxias.

Por outro lado, há um enigma quando se trata das galáxias satélites, relacionado um modelo de cosmologia conhecido como Lambda Matéria Escura Fria (ou Lambda-CDM), que pontua que outras milhares de galáxias satélites deveriam estar em volta da Via Láctea e de outras grandes galáxias.

Simulações feitas usando o LCDM mostram que a galáxia Andrômeda deveria estar cercada por 500 a 1.000 galáxias satélites. No entanto, os astrônomos acharam apenas 39, incluindo Pisces VII e Pegasus V, que foram descobertas pelo próprio Donatiello.

Essa situação fez os cientistas questionarem se o modelo realmente consegue prever que a matéria escura serve como uma base para a formação das maiores estruturas do universo, mas falha ao analisar o cosmos em escalas menores.

No que diz respeito à importância disso, o estudo das galáxias anãs é crucial para a nossa compreensão da evolução galáctica, pois também pode nos ajudar a entender melhor os processos canibalísticos e violentos que as grandes galáxias, como a Via Láctea e Andrômeda, utilizaram para se expandir.

Fonte: Redação Byte
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