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A partir de que idade a criança pode ter um celular?

De acordo com o órgão regulador britânico de comunicações Ofcom, 44% das crianças já têm celular aos 9 anos, e 91% aos 11. Qual a idade recomendada?

24 out 2022 - 17h19
(atualizado às 18h55)
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A partir de que idade é recomendável que a criança tenha celular? Essa é uma pergunta que atrai diferentes opiniões por parte dos especialistas. Por enquanto, os estudos batem na tecla de que os smartphones impactam fases específicas de desenvolvimento em que as crianças são mais suscetíveis a efeitos negativos.

Além disso, os especialistas indicam que diversos fatores devem ser considerados ao decidir se a criança está pronta para ter acesso a um smartphone. Conforme estudos, crianças de zero a oito anos têm pouca ou nenhuma percepção dos riscos online. Cabe aos pais dar o exemplo.

De acordo com o órgão regulador britânico de comunicações Ofcom, 44% das crianças já têm celular aos 9 anos, e 91% das crianças já utilizam smartphone aos 11 anos. Nos EUA, 37% dos pais de crianças com 9 a 11 anos afirmam que o filho tem seu próprio celular.

Anteriormente, já apontamos uma pesquisa da TIC Kids Online Brasil que mostra que 69% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos que têm acesso à internet a utilizam mais de uma vez por dia. Dessas mesmas crianças, 10% afirmam ter acessado a internet pela primeira vez com 6 anos ou menos.

Tem idade certa para ter celular?

A resposta é não, não há idade predefinida por especialistas. O aconselhável é que crianças mais novas sejam orientadas e supervisionadas pelos pais enquanto consomem conteúdo via internet no telefone. A terapeuta Ana Garcez concedeu uma entrevista ao Canaltech e revelou: "Eu não acredito que tenha idade certa, mas temos que ter coerência na liberação, temos que ver até que ponto é aconselhável, já que a mente fica preguiçosa. Tudo tem que ter equilíbrio. O certo é estabelecer limites de horários, ver o conteúdo que está sendo assistido. Acompanhar de perto a evolução da criança junto à tecnologia."

Foto: twenty20photos/envato / Canaltech

Por sua vez, a neuropsicóloga especialista em psicologia do desenvolvimento Deborah Moss apontou que, quanto mais os pais conseguirem segurar o uso do tablet ou celular, melhor. "É até uma recomendação do Ministério da Saúde. São equipamentos que vieram para ficar, têm coisas muito positivas, mas os pequenos vão ter acesso a isso a vida toda. Então quanto mais a gente puder segurar, melhor, porque eles terão contato com outros estímulos, outras condições lúdicas", revelou a especialista, na ocasião.

Deborah aconselhou deixar a tecnologia para um momento que a criança tiver mais maturidade e que já tiver passado por várias etapas do desenvolvimento. É importante priorizar brincadeiras sem telas.

E por falar em nelas, já vimos estudos que mostram que telas podem afetar o desenvolvimento cognitivo das crianças antes de 3 anos. Para conseguir equilibrar o uso de telas com seus filhos, veja estas 8 dicas que ajudarão a mantê-las seguras.

Fonte: BBC Future

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