A China marcou uma data para o maior feito de engenharia planejado a 36 mil km da Terra: sua estação solar espacial
Plano da China é obter energia solar ininterrupta do espaço para se livrar dos combustíveis fósseis
Ainda estamos longe de construir uma esfera de Dyson, mas a China parece disposta a materializar a primeira grande estação de energia solar em órbita com a Terra, uma versão mais simples do conceito que os cientistas da NASA descartaram nas décadas de 70 e 80 por serem economicamente inviáveis.
Os tempos mudaram e o mundo está no meio de uma transição energética para fontes renováveis. A China, que não tem vergonha de copiar avanços de outras nações, desde que sirvam aos seus propósitos, está ao mesmo tempo trabalhando em sua própria Starship: um foguete gigante totalmente reutilizável chamado CZ-9. Conectando os pontos, a Academia Chinesa de Engenharia (CAE) quer aproveitar o futuro foguete para instalar uma enorme usina de energia solar no espaço, 36 mil km acima da Terra.
Há 10 anos, quando a China anunciou que investigaria usinas de energia solar espacial, pareceu a todos que faria um estudo teórico ou uma prova de conceito, como aquelas que ainda estão sendo desenvolvidas hoje na NASA, na agência japonesa JAXA e na Agência Espacial Europeia (ESA). No entanto, as autoridades chinesas colocaram um roteiro ambicioso na mesa que pegou o resto dos países completamente desprevenidos.
O primeiro protótipo da usina espacial chinesa de 500 kW é esperado para 2030. Uma versão totalmente operacional de 20 MW estaria pronta em 2035. Enquanto a estação em sua forma final, de 2 GW, está planejada para 2050.
Isso não é pouca coisa para uma tecnologia que nunca foi implementada, ...
Matérias relacionadas
As tarifas já começam a cobrar seu preço — e o primeiro grande impacto foi no petróleo