ONG confirma sexo de menores em baile funk
Sábado, 10 de março de 2001, 02h27
Uma entidade não-governamental que presta assistência a adolescentes grávidas confirmou, ontem, a denúncia feita pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio, segundo a qual meninas menores de idade estariam mantendo relações sexuais dentro de bailes funk. O Espaço Logus Sagrado atende à comunidade das favelas da Tijuca (na Zona Norte da cidade). De acordo com sua diretora, Vera Lúcia Harouche, das 30 adolescentes assistidas, oito afirmam ter engravidado nos bailes. A primeira menina que disse ter engravidado num baile funk da região chegou ao Logus Sagrado no inÃcio de janeiro, com gestação de três meses. Os outros casos começaram a aparecer logo em seguida. A última jovem chegou pouco antes do Carnaval. Todas elas estão em idades nas quais a gravidez representa risco para a gestante e o feto. A mais nova tem 12 anos e a mais velha 16. Nenhuma delas é soropositiva. "Elas chegam a ter relações com mais de um rapaz no mesmo baile e quando engravidam não sabem quem são os pais dos bebês", disse Harouche. A gerente da assistência social do posto de saúde da Tijuca, Odaléa Mourato, também confirma casos de meninas, algumas soropositivas, que engravidaram dentro de bailes funk. O Juizado de Menores anuncia, para hoje, uma blitz nos bailes funk do Rio para impedir que menores de idade freqüentem esses ambientes. A decisão foi tomada depois que a Secretaria de Saúde afirmou oficialmente que uma jovem menor de 14 anos e soropositiva havia engravidado numa festa funk, durante a chamada "dança das cadeiras", em que as meninas, de saia, sentam no colo de diferentes rapazes. Leia mais: » PolÃcia Civil barra bailes funk em Fortaleza » PolÃcia investiga abuso sexual de menores em bailes funk do Rio » Juiz minimiza onda de violência no funk » Primeira dama do Rio diz que funk leva juventude ao abismo » Secretário denuncia orgias em bailes funk no Rio de Janeiro
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