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Polícia investiga abuso sexual de menores em bailes funk do Rio

Sexta, 09 de março de 2001, 14h04
Policiais da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e fiscais do Juizado de Menores do Rio de Janeiro irão, a partir da noite de hoje, vistoriar os principais bailes funk da cidade. A decisão partiu da Secretaria de Segurança Pública, depois que o médico Sérgio Arouca, secretário de Saúde, denunciou que meninas teriam engravidado ao participar de "orgias" que aconteceriam durante os bailes.

A primeira denúncia de orgia teria surgido quando uma menina de 14 anos procurou um posto médico ao descobrir que estava grávida. De acordo com a DPCA, a menina contou às assistentes sociais que teria participado de uma orgia, durante um baile funk. Uma amiga de 15 anos desta menina também denunciou ter participado das orgias, mas não engravidou.

Estupro - O juiz titular da primeira Vara da Infância e da Juventude do Rio de Janeiro, Siro Darlan, as denúncias encaminhadas pela Secretaria da Saúde podem ser caracterizadas como estupro, já que as meninas que participaram das orgias teriam sido induzidas a praticar as relações sexuais. "Os produtores deste baile podem ser indiciados como co-autores do crime (estupro). Mas tudo isso depende das investigações", completou o juiz.

A delegada titular da DPCA, Monique Vidal, que apura as denúncias, garante que a fiscalização será reforçada nos bailes funk, principalmente os que acontecem na periferia da cidade. "As pessoas que promovem os bailes podem ser responsabilizadas se as investigações comprovarem que abusos sexuais realmente acontecem nos bailes", afirma a delegada. A polícia ainda irá buscar indícios de venda de bebida alcoólica a menores.

Orgias - As meninas, de acordo com Arouca, teriam relatado que as orgias aconteciam em um canto reservado do baile, onde os rapazes se sentam em cadeiras enfileiradas e as meninas, geralmente usando saias curtas e sem calcinha, dançam ao redor. Quando o DJ pára a música, as meninas teriam relações sexuais com o rapaz que estivesse à sua frente. O secretário, no entanto, não divulgou o lugar onde teriam acontecido as orgias, para não atrapalhar as investigações.

O assessor de imprensa do Furacão 2000, Vanderlei Borges, negou que houvesse orgias em seus eventos e sugeriu que o jornal carioca O Dia poderia explorar o assunto por razões próprias: "Há outros interesses. A Rádio Mania FM (da vereadora Verônica Costa, apresentadora da equipe Furacão 2000) tem ganhado da FM O Dia na audiência há muito tempo", disse Vanderlei. O jornal publicou as denúncias de orgias ontem.

Ivana Turques de Souza, irmã de um dos donos do Castelo de Pedras - casa de baile funk em Jacarepaguá (RJ) - afirma que nunca ouviu falar da prática de relações sexuais durante as festas. Nervosa com as denúncias, ela diz que estão atacando o funk porque ele está ganhando espaço na mídia. "Se elas aparecem grávidas, a culpa não é do funk", completa. Ivana garante que os bailes que conhece são seguros e diz que por vezes vai às festas com sua filha de 17 anos.

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Redação Terra

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