Veja tudo que rolou no Encontro Futuro Vivo
Encontro foi realizado pela Vivo nesta terça-feira, 26, e contou com transmissão ao vivo no portal e nas plataformas do Terra
Acompanhe o Encontro Futuro Vivo
Encontro Futuro Vivo chega ao fim
Para encerrar a apresentação, Gilberto Gil ainda interpretou sucessos como Prece, Maracatu Atômico, Andar com Fé e Toda Menina Baiana. Cada música foi acompanhada pelo público, que cantou junto e celebrou a energia do artista, repetindo as palmas e o ovacionando do começo ao fim do encontro.
Gilberto Gil: 'O futuro é agora, o futuro é presente, sempre é'
Encerrando o Encontro Futuro Vivo, o músico Gilberto Gil emocionou o público ao apresentar alguns de seus maiores sucessos. Ovacionado e aplaudido de pé, o artista abriu a apresentação com Viramundo e Tempo Rei, canções que, segundo ele, “tangenciam esse sentimento que nos une hoje: o desejo de que as coisas sejam sempre melhores, ainda que permeadas pelas dificuldades, sempre mirando o melhor possível para todos”.
Com a voz firme e o violão em mãos, Gil seguiu o show relembrando momentos de sua trajetória. “A terceira canção é um samba que foi gravado pela nossa saudosa Elis Regina, um samba que fiz quando estava exilado em Londres”, declarou antes de interpretar Ladeira da Preguiça. Em seguida, apresentou Máquina de Ritmo, composta em Portugal, destacando a sintonia com a proposta do evento: “Essa canção também tem a ver com o futuro, com essa questão de estarmos todos juntos aqui hoje”.
Para o artista, o espírito do encontro se traduz na esperança e na ação coletiva. “Certamente é um encontro com as mais benéficas sequências possíveis para nossas vidas. O futuro é agora, o futuro é presente, sempre é. No sentido do que temos que fazer para que as coisas de amanhã sejam melhores que agora”, disse.
Gilberto Gil emociona público do Encontro Futuro Vivo com 'Viramundo' e 'Tempo Rei'
‘A mudança climática já impacta a saúde mental das novas gerações’, destaca Gabor Maté
O médico húngaro-canadense Gabor Maté, especialista em trauma, vício e saúde mental, foi um dos destaques do Encontro Futuro Vivo, realizado nesta terça-feira, 26. Em participação online, Maté discutiu como o uso excessivo de telas e redes sociais está relacionado ao aumento de transtornos mentais e chamou atenção para os efeitos já sentidos, e que podem ser ainda mais graves no futuro, das mudanças climáticas sobre a saúde psicológica das novas gerações.
“O que acaba deflagrando a ansiedade é a perda de controle, os conflitos e o estresse da avaliação. Quando você está sendo avaliado, surge o desejo de ser atraente para os outros, e isso pode gerar uma sensação temporária de confiança. No Brasil, acredito que exista a maior indústria de cirurgia plástica do mundo porque muitas pessoas estão desesperadas para corresponder ao que os outros acham que elas devem ser, uma falta de confiança”, afirmou o psiquiatra, autor do best-seller O Mito do Normal. [LEIA MAIS]
Ailton Krenak: ‘Estamos exaurindo pedaços do corpo da Terra que não vão se reconstituir depois’
Gilberto Gil encerra o Encontro Futuro Vivo com um pocket show
'Enquanto existem cientistas como o Carlos Nobre que estudam, medem e alertam para o que nós estamos provocando, existem outros engajados em produzir novas armas, novos pesticidas', diz Sidarta
'Nós estamos comendo o corpo da terra', alerta líder indígena Ailton Krenak
Com os pés descalço, o líder indígena Ailton Krenak entrou no palco do Teatro Vivo, em São Paulo, seguido do neurocientista Sidarta Ribeiro. O diálogo entre os dois no Encontro Futuro Vivo começou com silêncio. “Estamos em uma ínfima agulha do tempo. Somos bicho pequeno na terra, como diz Drummond”, começou Krenak, dando tom do bate-papo, que abordou a forma como o ser humano tem se relacionado com o planeta – e o destruído, aos poucos.
Krenak falou sobre ecologia e como essa palavra foi normalizada na nossa linguagem, se transformando em mercadoria. “Nós não sabemos, definitivamente, o que fazer com isso, com a natureza, com a ideia de ecos. Se os gregos já disseram que é a nossa casa, nos últimos três séculos estamos transformando isso numa maquinação terrível de comer a terra”, disse.
Sidarta, por sua vez, falou sobre a importância de reconhecer que a ciência é necessária para a solução, mas que também é parte desse problema. Para ele, tudo começa pela arrogância da ciência universitária se considerar a única ciência.
“Sem essa ciência acadêmica universitária estaríamos em maus lençóis. Mas também se não houvesse essa ciência não haveria Nagasaki, Hiroshima, Gaza. Não haveria exploração de petróleo na margem equatorial da floresta amazônica. É triste, é doloroso reconhecer”, afirmou. [LEIA MAIS]
‘Racismo, pobreza e gênero têm um impacto gigantesco na fisiologia humana’, explica Gabor Maté
Painel 'Pisar suavemente e sonhar profundamente' com Ailton Krenak e Sidarta Ribeiro
Cantor e compositor Dani Black realiza apresentação musical no palco do Encontro Futuro Vivo
'O que vivenciamos no Brasil é resultado de outros países', diz Nina da Hora
Falar sobre tecnologia é falar sobre paradoxos. E, no momento, a situação está dividida em 50% de desastre e 50% oportunidade. É o que avaliou a mestre em inteligência artificial e pesquisadora em tecnologia Nina da Hora durante o Encontro Futuro Vivo.
Nina, como cientista da computação que debate inteligência artificial, considera como desastre o fato de a maior parte da implementação de tecnologias no Brasil já ter sido implementada em outros países há cerca de 10 anos. “O que vivenciamos no Brasil é resultado de outros países, que a maioria está no norte global”, explica.
Mas o fato de essas tecnologias estarem em evidência não significa que sejam únicas. Ela conta que há uma gama de tecnologias que não estão sendo faladas e que, em meio a isso, é preciso usar a tecnologia de forma decolonial. Diferente do norte global, na América Latina, o conhecimento não é construído em uma disputa de “quem é o melhor”, mas a partir da valorização do conhecimento local, avalia. E nisso, há muitas oportunidades. [LEIA MAIS]
Especialista vê uso das redes sociais como fator para falta de pensamento crítico: ‘Não discordam de ideias, desrespeitam'
Pesquisador vê ‘retrocesso em transparência’ e que hoje ‘não há como lidar com informações pulverizadas’
'Eu aprendi que, quando via alguém com algum problema de saúde física ou mental, muitas vezes isso não estava ligado apenas àquele corpo específico, mas também à sua relação com o mundo ao redor', diz especialista
Palestra 'Tempo de Tela e Saúde Mental' com Gabor Maté
Gabor Maté é um médico e autor húngaro-canadense com experiência em saúde da família, mental e física.







-1jyjbdb8r5um0.jpg)




