COP30: acompanhe a cúpula dos líderes em Belém
Evento reúne nesta quinta-feira, 6, vários líderes antes da cúpula anual da ONU sobre mudanças climáticas
Tietado nas ruas da Bahia, Macron chega a Belém para COP30
O presidente da França, Emmanuel Macron, tem sido bem recebido por onde passa desde que chegou ao Brasil. Na quarta-feira, 5, o chefe de Estado marcou presença em um jantar em Salvador (BA), que contou com a presença de Daniela Mercury e Margareth Menezes. Já nesta quinta-feira, 6, o presidente francês desembarcou em Belém (PA).
Macron está no Brasil para participar da Cúpula dos Líderes, realizada nos dias 6 e 7 de novembro, e da COP30, que ocorre entre os dias 10 e 21 de novembro na capital paraense. Antes de iniciar sua agenda na Amazônia, Macron conversou por videochamada com o Cacique Raoni, líder indígena conhecido mundialmente.
Em seguida, ele seguiu para uma agenda na Universidade Federal do Pará (UFPA) onde conheceu os projetos da expedição científica Iaraçu, vinda de Manaus e promovida por pesquisadores brasileiros e franceses.
O chefe de Estado chegou ao local escoltado pela Polícia Federal, que realizou varreduras prévias ontra ameaças químicas, biológicas e radiológicas nas embarcações ancoradas. A PF contou com a parceria da Marinha do Brasil. [LEIA MAIS]
William ganha carta de menino vestido de príncipe durante visita a museu em Belém
O príncipe William já está em Belém (PA) onde participa da Cúpula de Líderes nesta quinta-feira, 6, e na sexta-feira, 7, às vésperas da COP30, que ocorre entre os dias 10 e 21 de novembro no Parque da Cidade. Em visita a um museu na capital paraense, ele foi abordado por um "pequeno príncipe", de quem ganhou uma carta.
William esteve no Museu Emílio Goeldi, onde foi recebido pela imprensa e fãs. Logo na entrada do museu, ele foi abordado por Rafael, que estava vestido de príncipe. Ele ganhou uma carta do menino e agradeceu em português com um "muito obrigado". [LEIA MAIS]
O que é o Fundo Florestas Tropicais e quais países já confirmaram contribuição econômica?
O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês) é uma das principais iniciativas do governo brasileiro para estimular a preservação ambiental. A proposta busca criar um novo modelo de financiamento climático, no qual países que mantêm suas florestas tropicais preservadas recebem compensações financeiras por meio de um fundo de investimento global. Nesta quinta-feira, 6, durante a Cúpula de Líderes, que antecede a COP30, o Brasil obteve a confirmação da adesão de novos países investidores à iniciativa.
De acordo com o governo federal, “em vez da destruição, a conservação se torna economicamente vantajosa, gerando desenvolvimento social e econômico”. Ainda segundo o comunicado oficial, “o fundo representa uma solução inovadora para proteger as florestas tropicais e gerar impactos positivos para o meio ambiente, a economia e a sociedade”.
Apesar do amplo apoio político à iniciativa, poucos países anunciaram aportes financeiros. Até o momento, o TFFF já recebeu investimentos de US$ 1 bilhão do Brasil, US$ 3 bilhões da Noruega, US$ 1 bilhão da Indonésia e US$ 500 milhões da França. A Alemanha também manifestou apoio ao fundo, mas ainda não divulgou o valor de sua contribuição. Além disso, estão previstas contribuições menores de Portugal e Holanda, destinadas principalmente à operação do fundo. As informações foram confirmadas em coletiva de imprensa em Belém (PA). [LEIA MAIS]
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Lula preside sessão sobre florestas e oceanos durante Cúpula dos Líderes
O presidente da República iniciou seu discurso dando ênfase à cobertura das áreas marinhas brasileiras. Ele afirmou que serão criadas unidades de conservação em regiões com oceano, além de mais parques ambientais.
"Registramos a menor taxa de desmatamento da Amazônia em 11 anos. Vamos recuperar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas em 10 anos. Mas a floresta não é só feita de fauna e flora. 50 milhões de pessoas vivem no território amazônico na América do Sul", disse.
De acordo com o presidente, com o lançamento do TFFF nesta quinta-feira, 6, outros países ajudarão a manter as florestas em pé. "Nenhuma floresta tropical vai contribuir para o enfrentamento da mudança do clima se não for capaz de gerar soluções para atingir metas", declarou.
Aportes do Fundo Florestas Tropicais para Sempre chegam a 50% da meta para o 1º ano, diz governo
O ministro Fernando Haddad e a ministra Marina Silva confirmaram durante uma coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira, 6, que os aportes para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) chegaram a 50% da meta para o 1º ano.
"O Brasil, juntamente com mais onze países, trabalhou e desenvolveu essa ideia. Ela teve origem no Ministério do Meio Ambiente e foi recebida com muito entusiasmo pelo ministro Fernando Haddad, que ombro a ombro desenvolveu a proposta com o Ministério das Relações Exteriores", disse Marina.
O TFFF já conta com investimentos de US$ 1 bilhão do Brasil, US$ 3 bilhões da Noruega, US$ 1 bilhão da Indonésia e US$ 500 milhões da França. A Alemanha também deve entrar para a lista de colaboradores do fundo.
"Mais do que pensar no aporte, temos também que pensar no aporte dos países que serão beneficiados. Eles são detentores de 90% das florestas tropicais do planeta, ou seja, geralmente a gente pensa no recurso financeiro, mas existe um recurso natural que é a floresta, a biodiversidade, os povos originários que cuidam dessa floresta e que tem conhecimento associados a ela", completou a ministra.
Líderes se reúnem para coletiva de imprensa sobre o Fundo Florestas Tropicais para Sempre
Após o almoço promovido pelo presidente Lula durante a Cúpula dos Líderes, ministros e chefes de Estado participam da coletiva de imprensa sobre o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). Participam o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, o ministro do Clima e do Meio Ambiente da Noruega, Andreas Bjelland Eriksen, e o embaixador Mauricio Lyrio, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty.
Lula lança fundo para investimentos de nações desenvolvidas em países com florestas tropicais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou, nesta quinta-feira, 6, o chamado Fundo de Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), durante a Cúpula do Clima, que ocorre em Belém, antes do início da COP30.
Segundo o petista, o fundo será alimentado por investimento de países desenvolvidos em países 73 países em desenvolvimento com florestas tropicais. "Pela primeira vez na história, os países do sul global terão protagonismo em uma agenda de floresta", afirmou Lula.
"Seu papel será complementar aos mecanismos que pagam pela redução de emissões de gás de efeito estufa. Investimentos soberanos de países desenvolvidos e de desenvolvimento vão alavancar um fundo de capital misto. O portfólio vai ser diversificado. Vai focar em ações e títulos. Os lucros gerados serão repartidos entre os países de florestas tropicais e os investidores", explicou.
Lula projetou ainda que, a cada héctare preservado, a meta é que cada país receba US$ 4 dólares - cerca de R$ 21, na conversão atual. "Todos os anos, o monitoramento por satélite tornará possível identificar se os países estão respeitando a meta de manutenção do desmatamento abaixo de 0,5%. Reflorestamentos serão contabilizados com o tempo", complementou. [LEIA MAIS]
Lula lança Fundo de Florestas Tropicais para Sempre; assista
Defensor da exploração da Foz do Amazonas, Lula cobra fim de combustíveis fósseis na COP
Durante a abertura da Cúpula de Líderes da COP-30, realizada nesta quinta-feira, 6, em Belém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deatacou o compromisso do Brasil com o combate à crise climática e propôs a construção de um “mapa do caminho” para substituir os combustíveis fósseis.
O discurso, no entanto, ocorre em meio a contradições na política ambiental do próprio governo, especialmente diante da liberação para atividades de exploração de petróleo na Margem Equatorial da Foz do Amazonas, tema que tem dividido ministérios e provocado críticas de ambientalistas.
Em sua fala, Lula afirmou que “acelerar a transição energética e proteger a natureza são as duas maneiras mais efetivas de conter o aquecimento global”. O presidente reconheceu que há obstáculos, mas reforçou a necessidade de cooperação global e planejamento.
“Estou convencido de que, apesar das nossas dificuldades e contradições, precisamos de mapas do caminho para, de forma justa e planejada, reverter o desmatamento, superar a dependência dos combustíveis fósseis e mobilizar os recursos necessários para esses objetivos”, disse. [LEIA MAIS]
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Visão geral da plenária da Cúpula dos Líderes
Confira trecho do discurso em que Lula compara Amazônia à Bíblia
Príncipe William abre discurso com palavras em português e faz elogios ao Brasil
O princípe William escolheu se dirigir ao público em português para iniciar o seu discurso na Cúpula dos Líderes, que acontece nesta quinta-feira, 6, antes do início da COP30. "Bom dia. Obrigado, presidente Lula e governador [Helder] Barbalho pelas calorosas boas-vindas a Belém do Pará", iniciou William.
O herdeiro do trono britânico prosseguiu com uma fala recheada de elogios ao Brasil. Ele, que passou dois dias no Rio de Janeiro antes de seguir para Belém, disse ter visto em primeira mão o comprometimento do País com o meio ambiente e com as mudanças climáticas.
"No início dessa semana, a cidade vibrante do Rio de Janeiro sediou o Earthshot Prize, uma iniciativa global que eu econtrei para acelerar os holofotes sobre as mais iniciativas soluções para tratar dos desafios climáticos", afirmou o príncipe. Entre os agradecimentos, além dos feitos a Lula e a Helder Barbalho, William também elogiou o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, pela receptividade.
Leia a íntegra do discurso de Lula na abertura da Cúpula de Líderes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou durante a abertura da Cúpula de Líderes da COP30 nesta quinta-feira, 6. O anfitrião comparou a Amazônia à Bíblia, citou 'interesses egoístas', propôs um 'mapa do caminho' para substituir os combustíveis fósseis e cobrou US$ 1,3 trilhão para financiar a adaptação climática, sobretudo para os países mais vulneráveis. Clique para ler o discurso na íntegra.
Veja os líderes e chefes de Estado que passaram pela Cúpula do Clima
'Não somos só para estar em outdoor', diz indígena ao criticar falta de representatividade na COP30
Ao chegar na Cúpula dos Líderes, o clima é de protesto. Indígenas da Aliança dos Povos pelo Clima se reuniram na porta do espaço onde acontece o evento com líderes globais, questionando justamente o fato de terem ficado para "o lado de fora" da COP30. "Nós não somos só para estar em outdoor, a gente existe", indagou Walter Kumaruara, de Pedra Branca no Baixo Tapajós, do município de Santarém (PA). [LEIA MAIS]
Secretário-geral da ONU faz apelo aos países: liderem ou serão levados à ruína
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, instou na quinta-feira os países a demonstrarem liderança no combate às mudanças climáticas e a se desvencilharem da dependência de combustíveis fósseis, em discurso na abertura de cúpula de líderes no Brasil.
"Podemos escolher liderar ou ser levados à ruína", disse ele na cúpula, que ocorre dias antes do início formal das negociações da COP30 na cidade de Belém. [LEIA MAIS]
Lula compara Amazônia à Bíblia ao defender realização da COP em Belém
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez seu discurso de abertura da Cúpula do Clima, evento que antecede a COP30, em Belém. Ele falou sobre a decisão de manter a conferência na capital paraense, mesmo com as adversidades encontradas por falta de estrutura.
"Muita gente não acreditava que fosse possível trazer [a COP]. Porque as pessoas estão muito habituadas a desfilar pelas cidades. A Amazônia, para o mundo, é como se fosse uma Bíblia. Todo mundo sabe que existe, interpreta cada um da sua forma. Nós queríamos que as pessoas viessem aqui para ver a Amazônia, para ver o povo da Amazônia, a culinária da Amazônia", disse.
Em seguida, Lula emendou uma salva de palmas aos trabalhadores que participaram da construção da COP30 em Belém e encerrou o discurso.


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