Uma mulher segue com o câncer em remissão há 19 anos após passar por um tratamento pioneiro com células CAR-T, quando se utiliza as próprias células de defesa do paciente. De acordo com os pesquisadores, a paciente é a mais longa remissão de câncer relatada.
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O caso foi publicado nesta segunda-feira, 17, na revista científica “Nature Medicine”. A paciente tinha apenas quatro anos quando recebeu o tratamento no Texas Children’s Hospital, em 2006.
Embora não seja detalhado o tipo de câncer que ela tinha, os pesquisadores detalham que os tratamentos padrões não conseguiriam conter a doença, que já tinha se espalhado para os ossos, e o prognóstico era bastante ruim. Hoje, ela é mãe de duas crianças e está livre da doença.
As células CAR-T são células imunes que são projetadas para produzir uma proteína chamada “receptor de antígeno quimérico (CAR)”. Ela é projetada para se prender em uma célula cancerosa, acionando a célula imune para atacá-la e destruí-la.
Segundo os especialistas, ao longo dos anos, as células CAR-T produziram resultados impressionantes em cânceres que se desenvolvem no sangue, como leucemia, por exemplo. Desde 2017, sete terapias com células CAR-T foram aprovadas pela Food and Drug Administration dos EUA e alguns dos primeiros pacientes estão livres da doença há mais de uma década.
O desejo agora é repetir esse sucesso contra tumores sólidos, como neuroblastoma,um câncer de células nervosas que possui muitos casos em crianças. Mas os resultados obtidos já são vistos como boas notícias.