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PSL pode expulsar Alexandre Frota nesta terça-feira

Deputado é alvo de retaliação após críticas públicas ao governo e ao presidente Jair Bolsonaro

13 ago 2019 - 03h26
(atualizado às 14h12)

BRASÍLIA - O PSL decide nesta terça-feira, 13, se expulsa o deputado federal Alexandre Frota (SP), que recentemente passou a fazer críticas à legenda e ao governo de Jair Bolsonaro, seu correligionário. Como pano de fundo está o veto do Palácio do Planalto a indicações do parlamentar para cargos na Agência Nacional de Cinema (Ancine) e a perda de poder do diretório municipal de Cotia, na região metropolitana da capital paulista.

O pedido de expulsão partiu da deputada Carla Zambelli (SP) e foi subscrito pelos também deputados Caroline de Toni (SC), Bia Kicis (DF) e por Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP). O senador Major Olímpio (SP) também cobrou o afastamento definitivo do deputado, o terceiro mais votado da sigla no Estado.

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O deputado Alexandre Frota (PSL-SP)
O deputado Alexandre Frota (PSL-SP)
Foto: Fátima Meira / Futura Press

O argumento de Zambelli é que Frota tem demonstrado "infidelidade" ao atacar o governo e colegas de bancada. A deputada diz ainda que a abstenção do parlamentar na votação do 2º turno da Previdência é uma traição à legenda. A proposta foi aprovada por 370 votos a favor, 124 contra e uma abstenção, a de Frota.

A situação do parlamentar na sigla piorou após ele afirmar que o presidente Jair Bolsonaro é a sua "maior decepção" e que a indicação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), seu filho, para a embaixada brasileira em Washington representa a "velha política".

O rompimento de Frota com o governo ocorreu após o parlamentar ter suas indicações à Ancine vetadas definitivamente pelo Planalto. Desde março, o governo "congelou" os nomes sugeridos pelo deputado para a agência. Frota, na época, culpou os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e Osmar Terra, Cidadania.

Na semana passada, Frota compartilhou uma reportagem crítica ao presidente e seus filhos que relatava os laços familiares de empregados nomeados por eles desde 1991.No mesmo dia, atacou Zambelli por uma postagem da deputada que o criticou por se aproximar do governador de São Paulo, João Doria, do PSDB.

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Frota também travou briga pública com Major Olímpio ao dizer que senador instalou uma "milícia de ex-PMs" no PSL. Irritado, Olímpio pediu a sua expulsão. Os dois brigavam por espaço na estrutura do partido.

O presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), afirmou que caberá à executiva nacional do partido analisar a expulsão do deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP), já que o partido não tem conselho de ética. "Ele está desalinhado com a legenda", disse Bivar afirmando que ele criou uma relação "áspera" dentro da legenda.

Expulsão

A aliados, Frota já dá como certa a expulsão do partido. Por isso, no sábado, o parlamentar desativou seus perfis nas redes sociais. A medida foi vista como uma "prevenção" aos ataques que poderá vir a sofrer se a expulsão for confirmada. No Facebook, Frota tinha 1,1 milhão de seguidores. No Twitter, somava 170 mil seguidores.

O Estado tentou contato com o parlamentar, mas até a publicação desta reportagem não obteve retorno.

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