O presidente da Itália, Sergio Mattarella, fez um pedido aos países aliados para que ajudem a descobrir as causas do "Desastre de Ustica", quando um avião da companhia aérea Itavia caiu no mar há exatos 40 anos, matando todas as 81 pessoas a bordo.
"Não pode e não deve cessar o compromisso para buscar aquilo que ainda não está definido no caso daquela noite dramática. Encontrar as respostas decisivas, fazer uma reconstrução completa e inequívoca requer compromisso das instituições e a aberta colaboração de países aliados com os quais compartilhamos os mesmos valores", disse Mattarella.
Para o presidente, "o dever da busca da verdade é fundamental para a República".
"A tragédia ocorrida nos céus de Ustica na noite de 27 de junho de 1980 está impressa na memória da República com caracteres que não podem ser cancelados. No passar desses 40 anos, sentimos ainda mais forte os laços de solidariedade com os familiares das 81 vítimas e nos unimos na lembrança daqueles que perderam a vida, com uma ferida profunda na nossa comunidade nacional", ressaltou ainda.
O "Desastre de Ustica" até hoje não foi totalmente esclarecido, mas a Corte de Cassação da Itália concordou com a tese mais aceita sobre o acidente, de que o DC9 foi abatido por um míssil.
Em 2007, o já falecido ex-presidente italiano Francesco Cossiga chegou a dizer que a aeronave tinha sido derrubada por engano pelo então ditador da Líbia, Muammar Kadafi.