Dilma anunciará ministros do PMDB de uma só vez, diz fonte

3 dez 2010 - 18h17
(atualizado às 18h45)

O anúncio dos nomes dos ministros do PMDB no governo Dilma Rousseff não deverá ser feito aos poucos, mas de uma única vez, quando todos os quadros estiverem definidos. A informação é de uma alta fonte do partido, que pediu anonimato. Havia a expectativa de que a presidente eleita anunciasse nesta sexta-feira o nome de peemedebistas junto com a confirmação de integrantes de seu futuro governo, o que não se concretizou. Foram anunciados apenas três ministros, todos ligados ao PT.

Nesta sexta, Dilma anunciou convites a Antônio Palocci, ex-ministro da Fazenda que caiu por escândalo em 2006, para a Casa Civil, a Gilberto Carvalho, atual chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para a Secretaria-Geral da Presidência, e ao deputado José Eduardo Cardozo, um dos coordenadores da equipe de transição de governo e secretário-geral do PT, para o Mistério da Justiça.

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Entre as pretensões do PMDB, segundo a fonte, dois nomes são dados como certos: o senador Edison Lobão (PMDB-MA), ligado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), deve voltar para o Ministério de Minas e Energia e o atual ministro da Agricultura, Wagner Rossi, deve permanecer no cargo. Segundo o peemedebista, o partido está negociando também os ministérios da Previdência e do Turismo, entre outros.

Para a Previdência, está cotado o ex-governador do Rio de Janeiro Moreira Franco, que é aliado do vice-presidente eleito Michel Temer (PMDB-SP). Apesar da pressão de Temer para que Franco seja ministro, o nome do ex-governador fluminense ainda enfrenta pressões dentro do próprio partido, que preferem ver a indicação como sendo da cota pessoal de Temer.

O Ministério da Saúde, hoje ocupado pelo peemedebista José Gomes Temporão, é alvo de disputa entre PT e PMDB. Pelo lado do PT, o nome possível é o do atual ministro das Relações Institucionais, o médico Alexandre Padilha, cuja recondução não foi confirmada nesta sexta-feira, como especulado.

A pasta da Saúde foi alvo de imbróglio nesta semana protagonizado pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Após afirmar que o secretário de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes, assumiria a pasta, acabou se desculpando da atitude. O nome de Côrtes não é consenso no PMDB.

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No dia 24 de novembro, Dilma formalizou os ministros da equipe econômica, composta por Guido Mantega (Fazenda), que permanece no cargo, Alexandre Tombini (Banco Central) e Miriam Belchior (Planejamento).

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