Jorge Messias, indicado por Lula ao STF, elogiou Davi Alcolumbre em nota, destacando sua liderança no Senado e a relação construída durante sua carreira no Legislativo.
Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ser ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado-geral da União do Brasil, Jorge Messias, divulgou nota em que elogia o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O senador havia dito abertamente ter preferência pela escolha de Rodrigo Pacheco (PSD) para a vaga no STF.
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"Iniciada a primeira semana após a minha indicação, sinto-me no dever de me dirigir ao Presidente do Senado Federal, Senador Davi Alcolumbre, para oferecer-me ao seu escrutínio constitucional, na condição de indicado ao cargo de Ministro do STF pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva", começa a nota de Messias.
O possível substituto do ex-ministro da Corte, Luís Roberto Barroso, diz "reconhecer e louvar o relevante papel" de Alcolumbre à frente do Senado, o classifica como "autêntico líder" e o elogia como uma pessoa atenta "a elevados processos decisórios, em favor de nosso País".
Na nota, Messias lembra como foi "acolhido" por Alcolumbre para trabalhar no Senado Federal, onde, aprendeu "a dimensionar a atividade política como um espaço nobre de definição de rumos e administração de conflitos em nossa sociedade". "Assim, pude desenvolver uma relação saudável, franca e amigável com o presidente Davi, por quem tenho grande admiração e apreço", continua.
Messias afirma acreditar por aprofundar "o diálogo e encontrar soluções institucionais que promovam a valorização da política, por intermédio dos melhores princípios da institucionalidade democrática" e quer conversar diretamente com cada um dos senadores e senadoras, para ouvir as preocupações dos parlamentares com a Justiça brasileira, "expondo a perspectiva que pretendo, caso aprovado pela Casa, levar ao Supremo Tribunal Federal, para lá agir em defesa de nossa Constituição Federal", finaliza.
Indicação de Messias ao STF
O presidente Lula indicou o nome de Messias para exercer o cargo de ministro do STF, na vaga deixada por Barroso na última quinta-feira, 20. A partir da indicação, Messias, que é advogado-Geral da União desde janeiro de 2023, deverá passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e aprovação pelo Plenário do Senado Federal.
No entanto, ele deve enfrentar resistência de Alcolumbre, que declarou abertamente preferir Ricardo Pacheco à posição.
Em uma das indicações mais recentes à Corte, o ministro André Mendonça, que foi o nome apontado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2021, também lidou com relutância de Alcolumbre que, na época, demorou meses para marcar a sabatina. Alcolumbre, que era presidente da CCJ na ocasião, preferia o nome de Augusto Aras para o cargo. Mendonça teve o nome aprovado pelo Senado por 47 a 32.