Na foto o patrao do CTG Gilbert Gisler emocionado abraça a filha. A juíza Carine Labres, idealizadora do casamento coletivo de 29 casais, entre eles um casal homoafetivo, realizou uma vistoria na entidade após incêndio desta madrugada. A juíza disse que o casamento será mantido na mesma data e horário. Será feito o necessário para que no sábado (13) as 16 horas a cerimonia aconteça
Foto: Fabian Ribeiro/Raw Image / Frame
A juíza Carine Labres, da comarcada de Santana do Livramento , responsável pelo casamento coletivo com a participação de um casal gay que seria realizado em um Centro de Tradições Gaúchas, incendiado na madrugada de quinta-feira, voltou a receber ameaças em seu gabinete, após assegurar que a cerimônia seria realizada.
Publicidade
Ela também conseguiu a exclusão de uma página falsa do Facebook que atribuía a ela ofensas contra gaúchos. Segundo sua assessoria, após a exclusão, as medidas judiciais já foram tomadas contra o criador do perfil.
Em virtude das ameaças, Carine Labres teve sua segurança reforçada e foi aconselhada pelo núcleo de inteligência do tribunal a não dar mais entrevistas para evitar novos ataques. Ela deve dar uma entrevista coletiva no começo da noite desta sexta-feira, para informar se o casamento será realizado no CTG incendiado, ou se ocorrerá em outro local.
O CTG Sentinelas do Planalto foi incendiado na madrugada de quinta-feira, após o administrador do estabelecimento, Gilbert Gisler, conhecido como Xepa, ter recebido ameaças por conta da realização de um casamento gay no local.
A juíza Carine Labres, idealizadora do casamento coletivo de 29 casais, entre eles um casal homoafetivo, em um CTG, realiza uma vistoria na entidade após incêndio desta madrugada. A juíza disse que o casamento será mantido na mesma data e horário. será feito o necessário para que no sábado (13) as 16 horas a cerimonia aconteça
Foto: Fabian Ribeiro/Raw Image / Frame
A polícia já tem suspeitos, e trabalha com a hipótese de incêndio criminoso, uma vez que testemunhas relataram que homens teriam ateado fogo no CTG.
Publicidade
Após o incêndio, que destruiu o palco, um mutirão de voluntários trabalha incessantemente para reconstruir o local a tempo para a cerimônia. Entretanto, o local só poderá ser utilizado, caso o Corpo de Bombeiros emita um laudo autorizando a realização do evento.
1 de 5
Um multirão teve início na quinta-feira para reconstruir o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Sentinela do Planalto, mesmo dia em que o local foi incendiado criminosamente
Foto: Fabian Ribeiro
2 de 5
Moradores doaram os materiais de construção e se voluntariaram para trabalhar nas obras. A expectativa é que o CTG fique pronto para realizar o casamento coletivo neste sábado.
Foto: Fabian Ribeiro
3 de 5
No local se casarão 29 casais, um deles homossexual. O Movimento Tradicionalista Gaúcho criticou o casamento gay no local.
Foto: Fabian Ribeiro
4 de 5
A pessoa que é contra um casamento homoafetivo prejudicou outros 28 casais heterossexuais. São todas pessoas que precisavam, porque a renda máxima de toda a família tinha que ser de 3 salários mínimos, afirmou o responsável pelo CTG, Gilbert Gisler
Foto: Fabian Ribeiro
5 de 5
A Brigada Militar, PM local, foi incumbida pela Justiça de fazer a segurança do local no dia do casamento.