Operação mira fintechs usadas para lavagem de dinheiro do PCC; policial civil é preso

Investigadores do Gaeco e da PF deflagraram ação na manhã desta terça-feira, 25; mandados foram cumpridos em cidades de SP

25 fev 2025 - 09h25
(atualizado às 10h45)
Justiça determinou que suspeito faça uso de tornozeleira eletrônica
Justiça determinou que suspeito faça uso de tornozeleira eletrônica
Foto: Divulgação/Polícia Federal

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público de São Paulo, e a Polícia Federal (PF) deflagraram na manhã desta terça-feira, 25, uma operação que mira fintechs --instituições financeiras digitais-- usadas para lavar dinheiro da facção PCC.

Os agentes cumpriram um mandado de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão em endereços nas cidades de São Paulo, Santo André (SP) e São Bernardo do Campo (SP). Segundo a TV Globo, um policial civil foi preso na operação, batizada de Hydra.

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Também foi determinado pela Justiça o bloqueio de valores em oito contas bancárias e a suspensão temporária das atividades econômicas das instituições de pagamento envolvidas.

A ação é um desdobramento das declarações prestadas ao MP SP por Antônio Vinicius Gritzbach, assassinado a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no fim do ano passado, e acusado de levar dinheiro para a facção criminosa.

Conforme as investigações, Gritzbach "jogou luz na atuação de fintechs para o branqueamento de bens e valores oriundos de atividades criminosas".

De acordo com o MP, duas empresas ofereciam "serviços financeiros de forma alternativa às instituições bancárias tradicionais, movimentando valores ilícitos. Elas constituíram engenharia financeira complexa para velar os reais beneficiários".

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Policial preso

O suspeito preso nesta terça é o policial Cyllas Elia Junior, segundo informações obtidas pela TV Globo. Ele se apresenta como CEO da 2GO Bank, uma das fintechs. A outra citada na delação é a InvBank.

Elia Junior estava afastado de suas funções a pedido desde 2022 e, neste ano, voltou a trabalhar na Polícia Civil. À TV, a defesa dele afirmou que desconhece a prisão e não quis se manifestar. O Terra também procura contato com os advogados do policial. O espaço segue aberto para manifestações.

O Terra entrou em contato com a 2GO Bank e com a InvBank a respeito da operação. Em caso de retorno, a matéria será atualizada.

Fonte: Redação Terra
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