A cantora Beyoncé lancou na madrugada desta sexta, 29, o aguardado álbum “Renaissance”, cheio de referências à era disco e à cultura ballroom, manifestação essencialmente latina, negra e LGBTQIA+. No encarte do disco, a diva agradeceu ao tio dela, Jonny, que faleu em decorrência de complicações do HIV.
"Um grande obrigado ao meu tio Jonny, que foi minha 'madrinha' e a primeira pessoa a me mostrar muitas das músicas e cultura que serviram de inspiração para esse álbum. Obrigado pelo pioneirismo que originou esta cultura a todos os anjos caídos, cujas contribuições não foram reconhecidas por muito tempo. Essa celebração é para você", escreveu em texto.
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Não foi a primeira vez que Beyoncé celebrou o legado do tio, que ajudou em sua criação. Em 2019, durante a cerimonia do GLAAD Media Awards, que premia iniciativas de diversidade no entretenimento, ela discursou ao lado do marido, JayZ: "Por último, eu quero dedicar esse prêmio ao meu tio Jonny, o homem gay mais fabuloso que eu já conheci... que ajudou a criar minha irmã e eu. Ele viveu sua verdade. Ele foi corajoso e não teve remorsos durante uma época em que esse país não estava aceitando e testemunhando sua batalha contra o HIV, que foi uma das experiências mais dolorosas que eu já vivi", disse emocionada.
Atualmente o HIV é uma infecção que pode ser tratada, chegando a se tornar intransmissível com o uso correto de medicamentos. Ao contrário do senso comum, HIV é o vírus causador da aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), e não necessariamente uma pessoa vivendo com HIV desenvolve a síndrome. Os casos de óbito, acontecem, em geral, quando não há acompanhamento médico, que leva ao desenvolvimento da síndrome e deixa o sistema imunológico comprometido, suscetível a doenças graves.