Nem todo ano é lembrado apenas por grandes lançamentos e experiências marcantes. 2025 também ficará na memória por jogos que prometeram mais do que conseguiram entregar, seja por limitações técnicas, decisões criativas questionáveis ou simplesmente por não entenderem o próprio público. Esta retrospectiva não tem como objetivo desmerecer o esforço de seus desenvolvedores, mas analisar, com olhar crítico, onde essas experiências se perderam no caminho.
A seguir, Terra Game On apresenta uma lista de jogos que acabaram se destacando negativamente em 2025 — títulos que, por diferentes motivos, deixaram uma sensação de frustração e oportunidade desperdiçada.
Fast & Furious: Arcade Edition
A franquia Velozes e Furiosos sempre viveu de exagero, velocidade e espetáculo, mas Arcade Edition parece ter esquecido justamente o fator diversão. Com corridas sem peso, pistas genéricas e uma apresentação técnica modesta, o jogo se limita a usar o nome da marca como chamariz. Falta identidade, falta impacto e, principalmente, falta aquela adrenalina que sempre definiu a série nos cinemas.
Scar-Lead Salvation
Scar-Lead Salvation tenta combinar visual de anime com ação intensa em terceira pessoa e elementos narrativos, mas tropeça ao não executar bem nenhum deles. O combate se torna repetitivo rapidamente, enquanto a história falha em criar envolvimento emocional. O resultado é um jogo que parece sempre à beira de algo interessante, mas que nunca dá o passo final para se tornar memorável.
QUByte Classics: Glover
Relançar um clássico exige cuidado, e Glover infelizmente não recebeu o tratamento que merecia. A versão da QUByte, um estúdio brasileiro de São Paulo, escancara problemas de controles imprecisos, falta de ajustes modernos e pouca contextualização histórica. Em vez de resgatar a nostalgia de forma positiva, o jogo acaba ressaltando o quanto ele envelheceu mal sem as devidas melhorias.
Ambulance Life: A Paramedic Simulator
A proposta de simular o cotidiano de um paramédico é interessante, mas Ambulance Life sofre com execução rasa. As missões se repetem, a inteligência artificial é limitada e os sistemas de emergência carecem de profundidade. O realismo prometido dá lugar a uma experiência mecânica e pouco envolvente, que se esgota rápido.
Tamagotchi Plaza
A tentativa de atualizar o universo Tamagotchi para os tempos modernos resultou em um jogo sem foco claro. Tamagotchi Plaza para Switch 2 aposta em minigames pouco inspirados e em uma progressão confusa, que não agrada nem ao público nostálgico nem a novos jogadores. Falta charme, falta propósito e sobra a sensação de produto genérico.
Gore Doctor
Chocar nem sempre é sinônimo de assustar. Gore Doctor aposta no gore explícito como principal atrativo, mas esquece de construir atmosfera, narrativa ou mecânicas sólidas. O resultado é um horror vazio, mais interessado em provocar repulsa do que em gerar tensão ou medo genuíno.
Spy Drops
Com uma proposta que mistura espionagem e ação furtiva, Spy Drops para PC e Switch tinha potencial para se destacar, mas esbarra em controles problemáticos e design de fases confuso. A falta de polimento compromete toda a experiência, transformando boas ideias em momentos de frustração constante.
Blood of Mehran
Blood of Mehran tenta se apoiar em uma estética sombria e em uma narrativa épica, mas sofre com combate truncado e problemas de desempenho. A ambição do projeto não encontra suporte técnico, resultando em uma experiência instável e difícil de aproveitar, mesmo para quem se interessa pelo universo apresentado.
Fire Emblem Shadows
Lançado à sombra de outros títulos mais fortes da franquia, Fire Emblem Shadows para dispositivos móveis falha em capturar a essência estratégica que consagrou a série. Sistemas simplificados demais, personagens pouco marcantes e uma história sem impacto tornam o jogo esquecível, algo raro — e preocupante — para o nome que carrega.
MindsEye
E fechando a lista dos piores jogos de 2025, MindsEye exemplifica bem o perigo das grandes promessas. Vendido como uma experiência narrativa inovadora, o jogo entrega uma história fragmentada, escolhas sem consequência real e problemas técnicos frequentes. A ideia era provocar reflexão; o efeito final, porém, é apenas cansaço. Considerado por muitos jogadores como o pior jogo do ano.