Os organizadores da Copa das Nações Africanas e o governo de Angola pediram à seleção do Togo para permanecer no torneio, um dia depois do ataque contra o ônibus da equipe, que deixou três pessoas mortas na região angolana de Cabinda.
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A seleção do Togo se preparava para estrear na competição na segunda-feira, em uma partida contra Gana, na mesma região, mas na sexta-feira o ônibus em que viajavam foi metralhado pouco depois de atravessar a fronteira, vindo do Sudão.
O motorista, o técnico assistente e o assessor de imprensa da equipe foram mortos e dois jogadores ficaram feridos, e depois do ataque, os jogadores anunciaram que iam deixar a competição. O primeiro-ministro angolano, Paulo Kassoma, se reuniu com as autoridades do futebol do país para oferecer garantias sobre a segurança dos jogadores na véspera do torneio.
"O primeiro-ministro considera o incidente em Cabinda um ato isolado e repetiu que a segurança da equipe de Togo e de outras seleções está garantida", afirma um comunicado de seu gabinete. O braço armado do grupo separatista Forças de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) assumiu a responsabilidade pelo ataque.
O enclave de Cabinda, no norte de Angola, rico em petróleo, é conhecido pelo conflito separatista, iniciado em 1975, quando o país tornou-se independente de Portugal. O governo angolano chamou o incidente de "ato de terrorismo".