São cada vez mais escassas as visitas de políticos à sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no Rio de Janeiro. Nos últimos três meses, apenas o vice-governador do Distrito Federal, Renato Santana, esteve na entidade – envolvida em escândalos de corrupção desde a prisão de um de seus vices, José Maria Marin, em 27 de maio.
Até recentemente, havia uma ‘peregrinação’ de parlamentares e membros do executivo à casa da CBF quase que semanalmente. Isso era estampado em seu site oficial, com o visitante sendo recebido pelo presidente Marco Polo Del Nero.
O dirigente está sob investigação e se recusa a viajar para o exterior desde a operação de combate a corrupção no futebol deflagrada pelo FBI. Há poucos dias, advogados de Del Nero pediram à Justiça um habeas corpus para evitar que ele seja preso em depoimento, ainda sem data confirmada, na CPI do Futebol no Senado.
Diante de todo esse quadro, é possível que muitos dos que tenham sido eleitos para cargos públicos estejam pouco dispostos a visitas com receio de publicação de fotos ao lado de Del Nero. O dirigente, atualmente, desfruta apenas da companhia constante de dois deputados federais: Vicente Cândido (PT-SP) e Marcelo Aro (PHS-MG). Há, porém, uma explicação para isso: ambos são diretores da CBF.