O técnico do Paris Saint-Germain, Laurent Blanc, que defendeu o Barcelona na temporada 1996-1997, na época de Ronaldo 'Fenômeno', admitiu na véspera de enfrentar o ex-clube na Liga dos Campeões que sempre se espelhou no estilo de jogo dos catalães.
"Não vou dizer que vamos enfrentar os nosso mestres, mas é quase isso", enfatizou o ex-zagueiro campeão mundial e europeu com a seleção francesa, que deixou claro que não pretendia armar uma retranca para parar Messi e Neymar.
-Como devolver a confiança à sua equipe, que vive um início de temporada complicado, na hora de enfrentar um adversário como o Barça?
"Não é fácil. Mas também acho o PSG capaz de reencontrar o seu nível do ano passado ao desenvolver o nosso jogo. É a nossa filosofia e foi isso que funcionou na temporada passada. Desta vez, não vou dizer que vamos enfrentar os nossos mestres, mas é quase isso. Eles têm esta filosofia há 30 ou 40 anos e sabemos o quanto deu resultado. É um jogo extraordinário de se disputar. Faremos um grande jogo se continuarmos com esta filosofia de jogo e se jogarmos com determinação e agressividade. Por enquanto, está faltando um pouco desta agressividade, principalmente depois de perder a bola. Sabemos que é difícil ganhar do Barça quando eles ficam com a bola".
-Como você vão encarar esta partida sem Ibrahimovic?
"Já comecei a preparação do jogo sabendo que ele tinha grandes chances de ficar fora. Não será fácil, mas temos atacante de grande qualidade. É lógico que somos melhores com ele, mas teremos que jogar sem. Temos outros atacantes de grande qualidade e temos que compensar sua ausência com um coletivo forte".
-Como explica que o time está criando menos chances de gol do que na temporada passada?
"A posse de bola é uma coisa importante, mas também temos que saber levar perigo de verdade para o gol adversário. O que falta, é essa contundências nos nossos melhores momentos. Temos que resgatar isso e entender que colocar o adversário para correr é bom, mas esses momentos fortes precisam ser concretizados com chances de gol".
-Qual é seu sentimento na hora de enfrentar o Barcelona, clube onde jogou e que sempre citou como um dos seus modelos?
"O Barça sempre foi um dos meus times preferidos pelo estilo de jogo. Eles dominaram o futebol europeu com um futebol vistoso. Enfrentá-los será um grande prazer. Fiquei apenas um ano lá, mas fiquei orgulhoso por vestir aquela camisa. Mesmo assim, estou preparando o PSG para derrotar o Barça. Tenho certeza que somos capazes de fazer isso".
-Não é arriscado enfrentar o Barça querendo manter a posse de bola?
"Para mim, a melhor forma de preparar a partida é jogar como os jogadores estão acostumados. Somos mandantes e conhecemos as ambições do clube. É com esse jogo que podemos alcançar as nossas metas. Não vamos abrir grandes espaços para Messi e Neymar, mas vou pedir para que meus atletas joguem bola. É o melhor jeito de fazer um grande jogo e reencontrar a nossa eficiência".
"É um jogador excepcional. Ele pode pressionar o adversário, driblar três marcadores e fazer o gol. Além disso, também dá vários passes para gol. Sabemos que Messi é escalado como centroavante, mas não ocupa esta posição de verdade. Ele vai onde pode receber a bola e ser perigoso. Não podemos deixar espaços".
Declarações colhidas em entrevista coletiva
