Di Maria, de coadjuvante a protagonista no Real de Ancelotti

21 abr 2014 - 20h44

Raramente citado entre as estrelas do Real Madrid, o argentino Angel Di María ganhou um novo brilho nesta temporada e sua velocidade e qualidade técnica serão indispensáveis para os 'merengues' na partida de quarta-feira contra o Bayern de Munique, pelas semifinais da Liga dos Campeões.

Coadjuvante de luxo sob o comando do português José Mourinho, o meia, que está no Real desde 2010, tornou-se uma peça-chave do esquema tático do italiano Carlo Ancelotti.

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Nas temporadas anteriores, Di María ficava muito preso à ponta direita, longe do astro Cristiano Ronaldo, que atua pela esquerda e protagoniza a maior parte das jogadas ofensivas da equipe.

Hoje, ele ganhou muito mais influência sobre o jogo ao atuar mais recuado e mais centralizado, como vinha fazendo com a seleção argentina.

Ao lado de Xabi Alonso e Luka Modric no 4-3-3 armado por Ancelotti, Di María se destaca pela qualidade do seu passe e pela incansável atividade no meio de campo, onde corre durante o jogo inteiro e ajuda muito na marcação.

Aos 26 anos, o jogador de 1,80 m e 70 kg, que ganhou o apelido de 'El fídeo" (o espaguete) por ser alto e magro, conseguiu se firmar na equipe apesar da contratação milionária do galês Gareth Bale, hoje titular na ponta direita.

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Ele também fez a torcida 'Merengue' esquecer a saída do meia alemão Mesut Ozil, que deixou o clube no início da temporada.

Quando Bale foi contratado, muitos achavam que o argentino já estava de malas prontas, até porque era alvo do Mônaco.

"A saída de Ozil foi uma decisão técnica. Prefiro Di María para o equilíbrio da equipe", justificou Ancelotti. "Ele tem menos qualidade do que Ozil, mas é um jogador de caráter e traz muito dinamismo, por isso tem a minha preferência", completou o treinador.

Di María deu razão ao italiano ao somar 11 gols e 19 assistências nesta temporada.

Ancelotti chegou até a citá-lo como exemplo, pedindo para o atacante francês Karim Benzema se espelhar nele para evitar ser vaiado no Bernabéu.

Jogando sempre com entrega total, o argentino nunca teve o reconhecimento das estrelas do Real e chegou a ser criticado por causa de atitudes polêmicas.

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Na comemoração de um gol, ele ficou no meio de campo, de costas para a tribuna de honra, mostrando seu nome na camisa, num gesto interpretado como um desafio à diretoria.

Em janeiro, o meia colocou a mão nas partes genitais ao se mostrar incomodado quando foi substituído no decorrer de uma partida, antes de pedir desculpas pelo ocorrido.

Di María se redimiu em campo, abrindo o placar na vitória por 2 a 1 sobre o arquirrival Barcelona na final da Copa do Rei, disputada na última quarta-feira.

"Ele trabalhou muito hoje, estou muito feliz com seu rendimento", elogiou Ancelotti depois da partida.

Companheiro de equipe de craques como Cristiano Ronaldo no Real e Lionel Messi na seleção argentina, Di María não tem o reconhecimento que merece, mas vem se firmando cada vez mais como um dos melhores meias da atualidade.

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