As atuações da seleção brasileira desde a segunda rodada nas Eliminatórias para a Copa do Mundo foram ruins. Até agora, os jogadores não conseguiram se adaptar ao estilo do técnico interino Fernando Diniz. Casemiro, Neymar, Rodrygo e Vini Júnior mostram muitas dificuldades com o chamado esquema aposicional. A derrota para o Uruguai por 2 a 0 ligou o sinal de alerta. Aliás, a sirene tocou já no jogo contra o Peru.
A seleção se mostrou sem criatividade. Neymar jogou muito atrás novamente. É um craque, e a lesão séria no joelho foi uma notícia muito triste, mas não tem características de terceiro meio-campo. Rodrygo é um grande atacante, porém, não pode atuar no setor de criação também. A cobrança de falta no travessão foi o momento brilhante do camisa 11. No primeiro tempo, não acertou nada. Na segunda etapa, tentou.
Para ilustrar melhor o que escrevo há uma semana, lembro do esquema de Mario Jorge Logo Zagallo, o 4-3-1-2. Zagallo criou o 1 para um atacante mais recuado com muitos recursos. Os outros dois homens de frente tinham muita mobilidade. Os laterais apoiavam com competência...na época do Lobo, né!!! A falta de jogadores dessa posição na equipe atual é nítida.
Sei que o assunto é muito chato. No entanto, com o 4-3-1-2, a ideia era a de consistência no meio, com três no setor. Neymar cairia como uma luva nessa função do atacante recuado, o número 1. Rodrygo, creio que não.
O time fica desequilibrado com dois volantes, sem um terceiro meia de criação, e um quarteto no setor ofensivo. A equipe não produz com Casemiro, que, nitidamente, vai demorar a se adaptar ao trabalho tático do técnico Fernando Diniz, e Bruno Guimarães, sem um homem de ligação, ao lado dos quatro atacantes.
O dinizismo não está perto do brilhantismo na seleção.