Cobertor curto pressiona Artur Jorge a mudar o esquema tático do Botafogo

Ainda destrinchando as virtudes e deformações do plantel, treinador minhoto já se depara com uma série de impasses

17 abr 2024 - 08h37
Foto: Vitor Silva/Botafogo - Legenda: Jogadores do Botafogo treinam impulsão. Momento do time é delicado / Jogada10

O Botafogo não andou no 4-2-4 do técnico Arthur Jorge e teve problemas seríssimos contra LDU e Cruzeiro. Em duas partidas, o cobertor curto do esquema do treinador bracarense ficou nítido. A defesa, que já era um setor problemático, tornou-se ainda mais vulnerável e sem proteção nas duas derrotas. Qualquer avanço do adversário após a intermediária já era sinônimo de perigo. Para piorar, o time alvinegro não apresentou a ofensividade proposta pela audácia do treinador. Para quinta-feira (18), já há uma pressão externa por uma mudança de plano de jogo. O Glorioso recebe o Atlético-GO, no Estádio Nilton Santos, pela segunda rodada desta edição do Campeonato Brasileiro.

Nesta segunda semana de trabalho no Botafogo, Artur Jorge já encontra-se diante de uma série de impasses. Um deles versa sobre a necessidade de vencer ou manter uma filosofia de jogo para aprimorá-la no futuro. Nesta segunda teoria, o resultado não é imperativo. O sócio majoritário do Alvinegro, John Textor, não está tão preocupado com o score do próximo jogo. Afinal, quer ver a equipe preparada para desenvolver um jogo mais bonito. O comandante minhoto parece que segue a mesma linha. No entanto, o norte-americano e o português estão no Brasil, onde o rio não segue o curso natural. A demanda da torcida é por vitórias. Convencê-la sobre paciência com expressões como "Confia no projeto" é, desse modo, uma tarefa hercúlea.

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"Tivemos algumas amostras de um Botafogo forte, intenso, dinâmico. Precisamos de algum tempo e é isso que iremos com toda certeza dentro desses dias perspectivar para sermos melhores já no próximo jogo, sustentado em vitórias que é o que precisamos", acredita o treinador português, em declaração no último domingo (14), após o insucesso diante do Cruzeiro.

Defesa do Botafogo influencia no dilema

Gatito, Ponte, Halter, Barboza, Bastos e Hugo. O nome destes seis jogadores provocam na torcida os instintos mais primitivos. Afinal, o sexteto contribuiu para que o Botafogo comece 2024 com a terceira maior média de gols sofridos por partidas entre os participantes da Série A. Somete Grêmio (1,1) e Vasco (1,06) superam a retaguarda alvinegra. Em 22 compromissos, são 23 bolas na rede, números que resultam em 1,04 por cada embate. O desempenho da cozinha apressou Artur Jorge a pedir reforços imediatos à diretoria. Na sexta-feira (19), por sinal, a janela doméstica fecha. O zagueiro Pedro Henrique, do Athletico-PR, é o alvo.

Contra o Atlético-GO

Artur Jorge terá, enfim, o seu primeiro contato com a torcida do Botafogo, no Engenho de Dentro. Desta vez, encontrará um ônibus estacionado do lado oposto, característica típica das equipes treinadas por Jair Ventura, que, suspenso, não estará no Colosso do Subúrbio. Curiosamente, o desenho da partida favorece o pensamento do técnico lusitano. Resta saber, entretanto, como vai atacar. Com os quatro atacantes que estão batendo cabeça? Ou com um meia a mais para ser mais criativo. Romero, assim, espera sua primeira chance como titular. Mas não depende só dele.

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