Após a rodada dupla de Diriyah, o Campeonato Mundial ABB FIA Fórmula E dá uma pausa de pouco mais de um mês até a próxima etapa do calendário de sua 10ª temporada: o E-Prix de São Paulo. Pelo segundo ano consecutivo, o Sambódromo do Anhembi receberá pilotos e equipes da competição de carros elétricos, e a expectativa é de que se repita o show de ultrapassagens que se viu na corrida de 2023. E isso pode afetar diretamente o ABB Driver of Progress.
Criado na temporada passada, o ABB Driver of Progress é um prêmio para o piloto que ganhar mais posições durante as corridas ao longo do campeonato. Em seu primeiro ano, quem ficou com o prêmio foi o brasileiro Lucas di Grassi, que mesmo pilotando a Mahindra Racing que era considerado um dos piores carros do grid, conseguiu subir 69 posições durante o campeonato.
Neste início de 10ª temporada, a Fórmula E não teve tantas ultrapassagens nas três provas realizadas até o momento, mas alguns nomes já se destacam na luta pelo ABB Driver of Progress. De volta ao mundial de carros elétricos após uma passagem nada memorável na Fórmula 1, Nyck de Vries está liderando no momento, com 14 posições ganhas, sete delas na corrida de abertura na Cidade do México, e as outras sete durante o fim de semana em Diriyah.
Curiosamente, assim como Lucas di Grassi na temporada passada, Nyck de Vries é piloto da Mahindra Racing. A equipe indiana segue no fundo do grid, com dificuldades de desempenho com seu powertrain. É importante lembrar que os carros deste ano são praticamente os mesmos da temporada passada, já que eles foram homologados por duas temporadas.
Porém, apesar da liderança, em nenhuma das três provas o holandês campeão do sétimo ano da Fórmula E foi o piloto com maior número de posições ganhas. Na Cidade do México, o piloto que ganhou mais posições foi outro que regressou para o grid nesta temporada: Oliver Rowland, da Nissan, que largou em 20º e terminou a corrida em 11º.
Já na rodada dupla de Diriyah, mais dois pilotos se destacaram no ABB Driver of Progress. Na corrida 1, Sam Bird (NEOM McLaren) largou em 9º e com uma estratégia ousada durante as ativações de Modo Ataque, conseguiu subir algumas posições e terminar em quarto. Na corrida seguinte, foi a vez de Edoardo Mortara (Mahindra Racing) se destacar, largando em 18º e terminando em 11º.
Agora que todas as atenções da Fórmula E estão voltadas a São Paulo, a expectativa é que o ABB Driver of Progress sofra mudanças significativas. O circuito de rua paulista possui apenas 11 curvas e três retas, sendo uma delas a mais longa da temporada com 750 metros, justamente a do Sambódromo, e com isso, os fãs nas arquibancadas provavelmente verão um show de ultrapassagens ao final da longa reta, como no ano passado.
Na temporada passada, foram 114 ultrapassagens durante o E-Prix de São Paulo, com 11 mudanças de lideranças. E alguns pilotos se destacaram durante a prova, como Pascal Wehrlein, que largou em 18º e terminou a prova em 7º, ganhando onze posições! André Lotterer e Lucas di Grassi, que largaram na última fila do grid (21º e 22º, respectivamente), terminaram a prova em 12º e 13º, ganhando nove posições cada.
Outro que merece destaque é Sam Bird, que largou em 10º e terminou a prova brigando pela vitória com Mitch Evans e Nick Cassidy, terminando a corrida em 3º, mas apenas meio segundo do vencedor da prova, seu companheiro de Jaguar na ocasião.
Por conta desses números, é impossível não criar expectativas sobre o E-Prix de São Paulo, o qual acontecerá no dia 16 de março. Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos através do site da Eleven Tickets.