Desde terça-feira (12) circula em portais de notícias e nas redes sociais o flagra de Daniela Lima, demitida da GloboNews recentemente, com o ministro da Secretaria de Comunicação de Lula, Sidônio Palmeira, em um hotel em Brasília. (Veja abaixo.)
As interpretações apressadas giram em torno de suposta negociação para que a jornalista assuma um cargo no governo. Porta-voz? Apresentadora de boletins nas redes oficiais? Cargo na TV Brasil?
Meras especulações.
Pode ter sido apenas uma conversa de uma jornalista com sua fonte, ou entre amigos.
A maioria dos telespectadores desconhece a profundidade do contato entre apresentadores e comentaristas políticos com membros da cúpula do Executivo, Legislativo e Judiciário.
São os poderosos (ministros, parlamentares, secretários, assessores etc.) que passam as principais informações exclusivas transmitidas em telejornais de grande audiência, como o ‘Jornal Nacional’, e canais de notícias, a exemplo da GloboNews.
É um jogo de interesse mútuo para divulgar, promover ou desmentir uma notícia.
Um bom jornalista mantém boa relação com todos: do office-boy ao presidente da República.
À mesa
Jornalistas influentes de TV são presença constante em restaurantes frequentados por políticos, autoridades e grandes empresários.
É um dos principais ambientes onde apuram informações com suas fontes.
Não há nada de errado nem antiético nisso, tanto que Daniela e Sidônio se encontraram em local acessível a qualquer um (a área gastronômica do Hotel B). Talvez até quisessem ser vistos e fotografados.
À esquerda
Em seus dois anos na GloboNews, assim como nos três anos e meio na CNN Brasil, a jornalista sempre se posicionou contra a extrema direita e o bolsonarismo.
Nada mais óbvio ter proximidade com nomes influentes da esquerda e do governo lulista.
Aliás, sua postura explicitamente progressista teria sido um dos motivos da demissão repentina.