Do sucesso em Salve Jorge à retomada na TV: Nando Cunha enfrenta a depressão e segue em atividade

Ator que marcou época como Pescoço viveu fase difícil, falou abertamente sobre saúde mental e reapareceu em produções do streaming

19 dez 2025 - 12h24

Em reprise no canal Globoplay Novelas, Salve Jorge voltou a colocar Nando Cunha em evidência. Na trama exibida originalmente entre 2012 e 2013, o ator conquistou o público ao interpretar Pescoço, personagem carismático e controverso que protagonizava embates frequentes com Delzuite (Solange Badim) e Maria Vanúbia (Roberta Rodrigues). O papel se tornou o mais popular de sua carreira e permanece na memória dos telespectadores.

Do sucesso em Salve Jorge à retomada na TV: Nando Cunha enfrenta a depressão e segue em atividade
Do sucesso em Salve Jorge à retomada na TV: Nando Cunha enfrenta a depressão e segue em atividade
Foto: Reprodução/Instagram / Famosos e Celebridades

De acordo com o Notícias da TV, com trajetória artística iniciada ainda nos anos 1990, Nando Cunha estreou na televisão como Johnny Bala, na Escolinha do Barulho, da Record. A partir dali, passou a circular por diferentes formatos, incluindo programas humorísticos, novelas e séries. Entre seus trabalhos mais marcantes estão a interpretação de Grande Otelo (1915-1993) na minissérie Dalva e Herivelto: Uma Canção de Amor (2010) e o palhaço Pimpinela em Araguaia (2010).

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Após o sucesso em Salve Jorge, o ator integrou o elenco do humorístico Divertics (2013), participou da novela Geração Brasil (2014) e esteve em atrações como Tomara que Caia (2015) e Os Suburbanos, exibida entre 2015 e 2018 no Multishow. Em 2018, passou pelo SBT como Ciro, em As Aventuras de Poliana, em uma participação que terminou de forma conturbada.

O contrato com a emissora não foi renovado no ano seguinte, e o personagem teve um desfecho trágico. Na ocasião, Nando Cunha criticou o texto da autora Íris Abravanel e fez acusações públicas sobre a falta de diversidade racial nas produções do canal.

Em junho deste ano, o ator voltou a chamar atenção ao se afastar da peça O Dia em que Raptaram o Papa, decisão motivada por questões de saúde mental. Em entrevista à coluna Play, do O Globo, ele explicou que enfrentava um quadro de depressão e negou ter interrompido a carreira. "Não tenho dinheiro para dar pausa na carreira. Eu estava passando por um momento pessoal bem ruim que culminou em uma depressão. Pedi um tempo à diretora e saí do espetáculo. Eu chegava triste. Teve um dia que esqueci de entrar em cena. Não queria contaminar o camarim com tanto baixo-astral. Preferi emitir um comunicado para que a minha narrativa não fosse atropelada. Não houve brigas ou desentendimento. Se ela não autorizasse, eu teria que ficar, mas ela entendeu a minha situação."

O ano anterior havia sido especialmente difícil. Sem novos convites de trabalho e lidando com o fim de um relacionamento, Nando Cunha relatou ter passado por um período de extrema vulnerabilidade emocional e financeira. Segundo ele, o apoio do filho Davi, hoje com 13 anos, foi fundamental. "Se não fosse o meu filho, eu teria feito um a besteira. Ele me deu forças para continuar."

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Aos 59 anos, em 2025, o ator voltou a aparecer em produções relevantes. Ele integrou o elenco das séries Jogo Cruzado, do Disney+, e Os Donos do Jogo, da Netflix, além de participar do especial Falas de Orgulho, exibido pela Globo, marcando um novo capítulo em sua trajetória profissional.

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