A série "Ângela Diniz: Assassinada e Condenada", que aborda o assassinato da socialite Ângela Diniz em 1976 e seu impacto na luta contra a violência de gênero, estreia no streaming HBO Max nesta quinta-feira, quase 50 anos após o crime.
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Estreia nesta quinta-feira, 13, a série Ângela Diniz: Assassinada e Condenada, que narra a história da socialite da elite carioca que foi morta a tiros por seu então companheiro, Doca Street, no Rio de Janeiro, em 1976. A produção chega ao streaming pela HBO Max, quase 50 anos após o crime que chocou o país.
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Com direção de Andrucha Waddington, o projeto enfrentou uma longa disputa por direitos autorais e, após a conquista, o desafio de retratar uma mulher considerada “louca e livre” nos anos 1970 — imagem que acabou transformando Ângela Diniz em um símbolo da luta contra a violência de gênero no Brasil.
“Trazer algo que continua acontecendo muito no Brasil e no mundo foi muito difícil”, comentou Andrucha Waddington, durante encontro com a imprensa nesta terça-feira, 11, no Ibirapuera, zona Sul de São Paulo.
Segundo o diretor, apesar de se tratar de uma série de streaming, houve um cuidado especial para não transformar a tragédia em um espetáculo. “O único momento em que nos permitimos isso, propositalmente, foi no final. O circo fica por conta do julgamento”, explicou ele, referindo-se ao processo que favoreceu Doca Street — o assassino que alegou “legítima defesa da honra” e saiu do tribunal com uma pena mínima. Na época, a decisão dividiu opiniões, mas acabou impulsionando o movimento feminista no país.
Baseada em uma história real, Ângela Diniz: Assassinada e Condenada tem como principal fonte de pesquisa o podcast Praia dos Ossos, produzido pela Rádio Novelo. No projeto, jornalistas revisitam a trajetória da socialite, mostram como ela foi “condenada” por ser livre e narram como sua morte — mesmo sem ligação direta com o ativismo — contribuiu para avanços nas leis de proteção às mulheres no Brasil.
Para dar vida à história, a série conta com um elenco de peso: Marjorie Estiano (Ângela Diniz), Emilio Dantas (Doca Street) e Joaquim Lopes (Ibrahim Sued, outro affair de Ângela), além de: Renata Gaspar, Tóia Ferraz, Joaquim Lopes, Emílio de Mello, Pedro Nercessian, Stepan Nercessian, Daniela Galli, Priscila Sztejnman, Tatsu Carvalho, entre outros nomes de destaque do audiovisual brasileiro.
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