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Aumento do preço do barril afeta o crescimento mundial

O aumento dos preços do petróleo poderá afetar o crescimento do mundo e provocar uma aceleração da inflação, prevê o conselheiro e diretor de Pesquisa do Fundo Monetário Internacional (FMI), Michael Mussa. Se o preço do barril permanecer ao redor dos US$ 35, o Produto Interno Bruto (PIB) mundial - estimado em US$ 31,8 trilhões pelo Fundo, em 2000, e em US$ 33,5 trilhões, em 2001 - crescerá entre 0,25 ponto e 0,5 ponto abaixo do previsto pelo FMI, ou seja, entre US$ 80 bilhões e US$ 160 bilhões a menos, aproximadamente.

Na pior das hipóteses, portanto, a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) deixará o mundo mais pobre numa proporção equivalente a uma quarta parte do PIB brasileiro de um ano. A inflação mundial, além disso, será mais elevada entre 0,5% e 0,75% no ano que vem - um porcentual que não pode ser visto como pequeno, pois o aumento dos preços ao consumidor nas economias desenvolvidas está estimado pelo FMI, até agora, em apenas 2,3%, este ano, e em 2,1%, em 2001. "Se o barril do petróleo chegar a US$ 40, o impacto será ainda mais negativo", observou Michal Mussa.

Os preços do óleo não chegarão a afetar o crescimento econômico mundial deste ano, previstos em 4,7% (bem acima dos 4,2% estimados pelo Fundo em abril), mas, se permanecerem em níveis mais elevados, o PIB do mundo poderá crescer menos do que 4% em 2001. Se o mundo crescerá menos em decorrência dos preços do petróleo, países produtores saem ganhando, como a Rússia. Entre 1995 e 1997, o petróleo respondeu por 21% das exportações russas, e o gás natural, por 14%.

Com a nova alta, o primeiro vice-diretor gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Stanley Fischer, recomendou que o ideal seria que os países da América Latina seguissem um modelo de reajuste automático dos preços dos derivados dos combustíveis de acordo com a oscilação do mercado internacional. Fischer alertou que o países que controlam os preços dos combustíveis, como é o caso do Brasil, poderão ter problemas fiscais, caso continuem fazendo essa administração.

Fischer acrescentou, no entanto, que essa mudança só deve ser feita em época de estabilidade e não num período de alta do petróleo no mercado internacional, como está ocorrendo agora. "Esse não é o momento para os países da América Latina fazerem essa alteração", disse o vice-diretor gerente do FMI.


     
 
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