Aneel nega sub-avaliação de preço mínimo de hidrelétricas
Sexta, 30 de novembro de 2001, 18h40
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), José Mário Abdo, negou que o preço mínimo para a concessão das 11 usinas hidrelétricas, ocorrida hoje em leilão na Bolsa de Valores do Rio, tenha sido subestimado. O ágio médio obtido no leilão foi de 1.263,82% sobre o preço mínimo global.Na avaliação de Abdo, houve um comportamento típico do mercado, que considerou algumas usinas mais atraentes que outras, seja pela localização geográfica, seja pela capacidade de geração de energia. Ele considerou as variações normais e acredita que são conseqüência da expectativa dos investidores em relação ao retorno de cada projeto. O preço mínimo também foi considerado pouco relevante pelo presidente da Tractebel no Brasil, Maurício Bahr. "Quando o preço mínimo estabelecido é muito alto, afugenta os investidores e não há competição".
Já o representante da área de Desenvolvimento de Negócios da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Geraldo Ney, reconheceu que o ágio alto "pesa sobre a receita e aumenta o risco do empreendedor", mas também concordou com os preços mínimos apresentados no leilão da Aneel. "O importante para a União é que as usinas sejam feitas e que mais energia seja colocada no sistema. O modelo de preço mínimo apenas determina quem leva cada projeto", afirmou Ney.
Fonte : JB Online
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