Com uma meta mais folgada, os consumidores poderão retomar hábitos de anteriores ao Plano de Racionamento de Energia, como banhos mais longos e, com a chegada do calor, o uso do ventilador e do ar-condicionado. "O ideal seria que a crise de energia acabasse de uma vez, mas creio que os valores foram calculados de forma muito cuidadosa pelo CGE e o consumidor poderá, aos poucos, voltar a antigos hábitos", disse Antoninho Borghi, vice-presidente da Eletropaulo.

A concessionária paulista, a maior do país, com cerca de 4,8 milhões de clientes, comemora ainda a maior queda de meta para o seu maior mercado. A cidade de São Paulo, classificada como turística pela Embratur, terá meta de 7%. Outras três cidades da área de concessão da empresa terão a mesma meta: São Bernardo do Campo, Juquitiba e Embu. A empresa espera um lucro maior com a redução da meta, mas ainda não tem cálculos de quanto será este lucro.

"Precisamos esperar um pouco antes de fazer cálculos sobre o consumo com a nova meta. Como no início do racionamento, não sabemos como o consumidor vai se comportar", disse Borghi. As novas metas serão enviadas pela concessionária na próxima conta de energia. A Eletropaulo pretende lançar ainda nesta semana um programa para que o consumidor calcule a meta no site da empresa.

A redução no consumo de energia foi uma das primeiras medidas do Plano de Racionamento. Desde o início do plano, em 4 de junho, as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste tiveram que reduzir em 20% o consumo de energia. Posteriormente o Norte também entrou no racionamento, com a mesma meta. Nesta quinta-feira foram anunciadas novas metas. O Nordeste terá que economizar 17%, o Norte 5% e o Sudeste e Centro-Oeste 12%. Cidades turísticas terão a meta de cinco pontos percentuais abaixo das metas regionais.