O governo anunciou hoje que não conseguirá cumprir a meta de aumento de oferta de energia para este ano, de acordo com o previsto em seu programa de oferta de energia do plano emergencial. A meta de expansão de 4,055 mil megawatts de energia não será atingida principalmente em decorrência do atraso da importação de 1,307 mil megawatts de energia da Argentina. Até o mês de setembro, do total de 1.048 MW a ser importado, apenas 98 MW foram efetivados. A linha de transmissão entre Garabi a Itá (importação da CIEN) teve atraso na liberação de equipamentos. No caso da linha entre Yaciretá e Foz do Iguaçu (importação da Tradener), há demora na liberação da documentação por parte do Itamaraty.
A equipe técnica do Ministério de Minas e Energia garante, entretanto, que o atraso da importação não terá impacto negativo no racionamento, uma vez que há um estrangulamento de linhas de transmissão entre as regiões Sul e o resto do país. Além disso, as fortes chuvas da região Sul já estão fazendo com que a região contribua ao máximo para o abastecimento.
Os problemas com atraso não ocorre somente com a importação de energia. O governo também está tendo dificuldades no revestimento do canal de hidrelétrica de Itiquira (MT) e na usina de Porto Primavera (SP-PR), que excluiu do programa três turbinas geradoras. Entre as uisnas termelétricas, há problemas com a usina de Juiz de Fora (MG) e Corumbá (MS).
O ministério contratou uma consultoria externa para avaliar de perdo o andamento do programa. A consultoria presta informações e serviços ao governo por meio do Escritório de Gerenciamento de Projetos.