A afluência das águas da chuva para os reservatórios de hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste tem progredido significativamente neste mês de setembro, o que garante uma boa evolução dos níveis de reservatórios apesar da retração no esforço da população de ambas as regiões na economia de eletricidade. No final de agosto, a afluência acumulada no mês atingiu 79% da média dos últimos 70 anos no Sudeste/Centro. Agora em setembro, o resultado acumulado entre os dias 1º e 25 chegou a 83%, o que significa uma folga de oito pontos porcentuais em relação à estimativa mínima apontada como ideal para o período, prevista nos planos do racionamento. No Nordeste, os números pularam de 58% em agosto para 66% agora em setembro, garantindo uma diferença que chega aos 10 pontos em relação à expectativa básica do programa.
Assim, os reservatórios dessas regiões têm garantido crescimento gradativo da folga entre o resultado efetivo do nível de água mantido nas represas e a curva guia traçada para que as medidas do racionamento fossem adequadas de acordo com as necessidades.
Ontem, o Sudeste/Centro-Oeste preservava em média 20,89% da sua água, o que representa uma folga de 3,86 pontos porcentuais diante da previsão inicial definida para esta data. No Nordeste, as represas mantinham 13,22% da capacidade, ou 1,40 ponto além da curva guia.
Por outro lado, o reservatório de Tucuruí apresentou um comportamento diverso, com regressão dos 76% registrados em agosto para os atuais 71%, contra uma estimativa mínima de, justamente, 76%. Apesar disso, a represa ainda tem garantida uma pequena folga em relação à curva guia, de 0,41 ponto porcentual, para um nível de preservação de 61,19% do potencial. Vale lembrar que a economia na chamada região Norte do País, que é alimentada por Tucuruí, acumula em setembro um índice de 20,3%, dentro, portanto, da meta do racionamento.