Alagoas e Rio Grande do Norte aceitam entrar no horário de verão
Segunda, 10 de setembro de 2001, 20h46
A crítica situação do Nordeste, que enfrenta sérias dificuldades para cumprir as metas do racionamento de energia elétrica, levou os governadores de Alagoas, Ronaldo Lessa (PSB), e do Rio Grande do Norte, Garibaldi Alves (PMDB), a aceitarem incluir seus estados no horário de verão. O novo horário, quando os relógios deverão ser adiantados em uma hora, deve começar no dia 14 de outubro.
A decisão significa uma mudança de postura dos governadores nordestinos - que no ano passado rejeitaram, com exceção da Bahia, a mudança de horário pela má repercussão da medida junto à população, além de interferir também no fluxo turístico de turistas para a região. A repulsa ao horário de verão, no ano passado, obrigou o governo a rever a medida para os nordestinos dez dias depois de ter sido adotada.
A confirmação de que Alagoas e Rio Grande do Norte participarão do horário de verão este ano veio depois de intensas conversas entre o ministro de Minas e Energia, José Jorge, com os governadores daqueles dois estados. Nos últimos sete dias, a região economizou apenas 19% do consumo, uma das piores semanas desde agosto. O nível das barragens no Nordeste está apenas 1,1 ponto percentual acima do previsto pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A definição sobre o início e o término do horário de verão será debatida nesta terça, durante reunião da Câmara de Gestão da Crise de Energia (GCE). Entre as possíveis datas de término estão os dias 3 e 17 de fevereiro de 2002. O ministro José Jorge também conversou com o governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, que ainda não respondeu ao apelo do Palácio do Planalto.