A partir de dezembro, o governo deverá reduzir a cota de racionamento de energia, que passaria dos atuais 20 para 5%. Para a diminuição da cota de economia obrigatória, o governo conta com o início das chuvas previsto para novembro, o apoio da população na redução do consumo e a compra de 4 mil Megawatts (MW) de energia adicional em leilões. O coordenador da Câmara de Gestão da Crise de Energia, ministro Pedro Parente, confirmou, através de sua assessoria de comunicação, que o edital dos leilões de energia será lançado na próxima quarta-feira.
O governo federal vai criar uma empresa comercializadora de energia, com duração até 2006, somente para a compra extra de energia. Dos 4 mil MW, a maior parte (3 mil MW) serão destinados às regiões Sudeste e Centro-Oeste, maiores consumidoras do país. O restante vai para o Nordeste, cujos reservatórios estão nos níveis mais baixos já registrados nos últimos 70 anos.
A energia será comprada de usinas térmicas transportáveis - boa parte em barcaças - do mercado internacional. O governo pretende comprar apenas 1 mil MW e o restante deve ser adquirido pelas empresas privadas do setor.